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O tempo passa.. Inúmeros clichés e lugares comuns poderiam servir de introdução a este postal, até mesmo o facto de o tempo não existir. Mas o título é apenas um pretexto para escrever algo que ainda não está definido. Na verdade, tal parte da imposição de escrever e não deixar passar mais tempo sem o fazer. Não que sinta uma urgência em escrever, mas sinto vontade de escrever.
Por outro prisma, escrever poderá ser visto como uma perda de tempo. Felizmente o tempo é relativo e a apreciação do que escrevo também. Tenho andado às voltas com uma ideia que por vezes assume contornos de piada mas que tem um fundo de preocupação. A cisão entre o sujeito e o objecto. A cisão não é só importante em termos epistemológicos mas acaba por ter um retorno existencialista que me deixa apreensivo com as minhas próprias limitações. E nessa confusa dialéctica, dou por mim a olhar coisas que escrevi e a ficar siderado com a capacidade de me surpreender, mesmo numa coisa sentida tão intensa e intimamente como escrever. E não posso deixar de pensar que, de facto, embora a linguagem humana (nas suas diferentes formas) seja uma das características mais distintivas do ser humano, não deixa de ser uma codificação artificial para exprimir aquilo que de mais humano temos: sentir. No entanto, a distorção desta codificação/simplificação pode ser duplamente artificial, pois não só se reflecte na forma como conseguimos exprimir o que sentimos, mas também, provavelmente, condiciona a forma como sentimos. Na verdade, ao termos que aprender a exprimir os nossos sentimentos, não será que estamos também a ser condicionados pelos códigos que temos de utilizar para exprimir esses sentimentos?
Bem, por agora, é o que me apraz dizer sobre o fluir do tempo.