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O título pode ser enganador, pois a banda sonora deste postal é outra. Fruto de vários acasos, hoje escolhi o cd Automatic for the people dos REM como banda sonora das minhas viagens intra-diárias por Lisboa. Já não ouvia há anos este cd. E quando digo anos, contabilizo 12 claro que de vez enquando, by accident, ouvia uma ou outra música, mas o cd o não, pela simples razão de que, yad yad yad, até ontem, apenas tinho a caixa do cd, e como na Fnac o preço deste cd é quase ofensivo, o tempo foi passando e passando
Confesso que mal comecei a ouvir a Drive, uma sensação muito estranha se apoderou de mim, penso que será nostalgia, mas daí que talvez não seja, tudo depende, como sempre, do que se entende por nostalgia e o meu entendimento é sempre algo muito confuso, o que nem sempre é mau. Isto porque o passado é sempre indissociável (sim, é uma palavra que está muito na moda no meu vocabulário por estes dias!!) do presente, não só no sentido de que o passado faz parte de nós (you can cut with the past, but the past wont cut with you), mas no sentido de que o passado influencia a forma como vivemos o presente e enfrentamos o futuro .
Em todo caso, fui assaltado pelas memórias da minha adolescência profunda, do tempo do ciclo (7º - 9º ano, os melhores anos de escola . Excluindo a universidade, claro). São certamente incontáveis o número de vezes que ouvi este cd em casa do Kiko e penso que seguramente que é um dos momentos musicais que marca a nossa amizade (agora que penso nisso, existem momentos musicais curiosos na nossa amizade: Billy Joel in the middle of the night, aquela música de discoteca que só sei trautear o refrão, a Alive dos Pearl Jam e claro, a Creep dos Radiohead mas isso são outras bandas sonoras).
Por mais estranho que isto possa parecer, tive uma adolescência feliz e sem Morangos com Açúcar (nexo de causalidade?? É muito provável). Bem, para as pessoas que acham que hoje acham que eu sou um idealista, deve ser difícil imaginar, mas nessa altura posso dizer que era verdadeiramente idealista e posso garantir que isso dá uma cor completamente diferente às vivências de um adolescente. Tive também muita felicidade pelos amigos que fiz na adolescência e que ainda hoje continuam a ser alguns dos meus melhores amigos (Kiko e Pipi (!maldade!), estou a falar de vocês!!).
Bem, pensar nestas coisas acabou por atenuar a sensação estranha de que falava no início deste postal, pois a nostalgia não se confunde com memórias. Mas ouvir Nightswiming trás de volta aquilo que talvez seja nostalgia ou talvez não:
Nightswimming deserves a quiet night.
The photograph on the dashboard, taken years ago,
Turned around backwards so the windshield shows.
Every streetlight reveals the picture in reverse.
Still, its so much clearer.
I forgot my shirt at the waters edge.
The moon is low tonight.
Nightswimming deserves a quiet night.
Im not sure all these people understand.
Its not like years ago,
The fear of getting caught,
Of recklessness and water.
They cannot see me naked.
These things, they go away,
Replaced by everyday.
Nightswimming, remembering that night.
Septembers coming soon.
Im pining for the moon.
And what if there were two
Side by side in orbit
Around the fairest sun?
That bright, tight forever drum
Could not describe nightswimming.
You, I thought I knew you.
You I cannot judge.
You, I thought you knew me,
this one laughing quietly underneath my breath.
Nightswimming.
The photograph reflects,
Every streetlight a reminder.
Nightswimming deserves a quiet night, deserves a quiet night.
Agosto chega ao fim e com isso aproxima-se uma certa data, relativamente à qual acabo por estar indissociavelmente ligado. Pois é, o meu aniversário. Eu tenho uma estranha relação com o meu aniversário (que se estende às mais datas festivas do calendário gregoriano, umas mais, outras menos). Por mais chocante por isto possa parecer, eu não retiro qualquer prazer em celebrar o meu aniversário. Não que tenha algum trauma com a idade (claro que tenho outros traumas e comportamentos desviantes, mas isso fico para outro tipo de conversas).
Mas este ano, os astros conspiraram contra mim e o meu dia de aniversário terá que necessariamente ser especial (damm it!!). Mais ou menos à hora que nasci, devo estar a entrar no Pavilhão do Atlântico para ver os Pearl Jam pela primeira vez. Acho que deveria haver uma regra qualquer que determinasse que quem faz anos no dia do concerto deveria ter um VIP pass ou qualquer coisa parecida, poder escolher algumas músicas que a banda deveria (ok, eu sou realista, já não peço para ter acesso à festa backstage após o final do concerto .). Mas acresce que na minha companhia vai estar nada menos do o Daniel Johns (!) (também conhecido na intimidade por Toy, go figure ) que faz anos no dia seguinte Bem Daniel, acho que vamos ter de adoptar a mesma técnica que usamos no concerto (inesquecível) dos Blind Zero na Queima de 1999 (sim, aposto que os gajos ainda se lembram de nós!!), ainda partilhar umas bejecas com o Eddie e compenhia. Alinhas? O projecto ganha mais consistência se te disser que o Caçador também vai lá estar também? Pelo menos a parte das bejecas está assegurada, não é Caçador? Devias era enviar o cv para a Central de Cervejas, alegando a tua pós-graduação em Paredes de Coura (sim, não vou esquecer por algum tempo o episódio do bora lá beber umas litradas)!
Bem, à falta de um legislador razoável, resta-me formular uma série de desejos quanto às músicas que espero que os Pearl Jam toquem, lançando o repto aos meus queridos leitores para que façam o mesmo, e ainda que não vão ao concerto, pois quem sabe se os desejos não se realizam mesmo (sem eu ter que cumprir o ritual de soprar as velas ou enfiar a cabeça no bolo):
Smile,
Do the evolution;
Indifference
Even flow,
Alive
Better man;
Light years
Thin air
Comatose
Come back
In my tree
Cordoroy
Dissident
Rearviewmirror
Leash
Given to fly
I am mine
(and on and on
)
PS - A minha vénia ao autor do piropo mais original dos últimos tempos: Tu não és boa, és óptima!! És um incompreendido, mas estás lá!!
PS Toquinhas e Sininho, temos de começar a pensar na celebração do nosso aniversário colectivo!
Dia 5 de Novembro, obviamente lá estarei. Espero que voltem a tocar esta, uma das melhores músicas sobre o existencialismo fantástico (claro que espero ver a música que faltou no super rock super bock: Rosseta Stoned! Algo me diz que desta vez vamos ser mesmo esmagados pela força da música e das imagens).
Alguém interessado em fazer-me companhia?
Black then white are all i see in my infancy.
red and yellow then came to be, reaching out to me.
lets me see.
as below, so above and beyond, I imagine
drawn beyond the lines of reason.
Push the envelope. Watch it bend.
Over thinking, over analyzing separates the body from the mind.
Withering my intuition, missing opportunities and I must
Feed my will to feel my moment drawing way outside the lines.
Black then white are all i see in my infancy.
red and yellow then came to be, reaching out to me.
lets me see there is so much more and
beckons me to look thru to these infinite possibilities.
as below, so above and beyond, I imagine
drawn outside the lines of reason.
Push the envelope. Watch it bend.
over thinking, over analyzing separates the body from the mind.
Withering my intuition leaving opportunities behind.
Feed my will to feel this moment urging me to cross the line.
Reaching out to embrace the random.
Reaching out to embrace whatever may come.
I embrace my desire to
I embrace my desire to
feel the rhythm, to feel connected enough to step aside and weep like a widow
to feel inspired to fathom the power, to witness the beauty,
to bathe in the fountain,
to swing on the spiral
to swing on the spiral
to swing on the spiral of our divinity and still be a human.
With my feet upon the ground I move myeslf between the sounds and open wide to suck it in.
I feel it move across my skin.
I'm reaching up and reaching out. I'm reaching for the random or what ever will bewilder me.
what ever will bewilder me.
And following our will and wind we may just go where no one's been.
We'll ride the spiral to the end and may just go where no one's been.
Spiral out. Keep going.
Spiral out. Keep going.
Spiral out. Keep going.
Spiral out. Keep going.
Spiral out. Keep going.
Mulholland Drive
Tudo sobre a minha mãe
Hollywood ending
Maldição do escorpião de jade
State and main
As asas do desejo
Cada um a 3,95... Destas compras gosto eu! e você?
Para aqueles que notaram a minha ausência, passo a explicar que tal apenas se ficou a dever a umas merecidas (?) mini-férias, que terminam hoje. Como não podia deixar de ser (por acaso é mesmo mentira) fui passar uns dias ao nosso querido Algarve. Eu sei, podia adicionar uns lugares comuns (verdadeiros!) sobre isso, mas prefiro ter um discurso optimista e dizer que ainda há praias que não estão poluídas por bifes e afins, mesmo em Albufeira. Claro que não vou divulgar em canal aberto, porque mesmo sabendo da indiferença que este cantinho cibernético vai sofrendo, isto nunca se sabe.
Também hoje decidi voltar a ter uma alimentação mais equilibrada, depois de não ter resistido aos prazeres da cozinha algarvia
e claro, à minha obsessão por D. Rodrigos!! Ainda tive tempo de visitar um monumento ao terrorismo arquitectónico, isto é, a fortaleza de sagres. Como é possível terem ainda o descaramento de pedirem 3 euros para entrar naquela m****?! Os resultados desta política de exploração até ao tutano dos turistas não deixará de dar os seus frutos. Oh well, é apenas mais uma vergonha neste país. O que vale é que ficamos em 4º lugar no mundial
.
Changing subject
gostaria de partilhar com vocês as minhas mais recentes aquisições musicais: The Raconteurs e Peeping Tom. Tornaram o meu último dia de férias bem mais suportável!! E isto, graças às virtualidades de uma noite de insónia e se têm por perto a MTV
2, entenda-se (quem diria que iriam imitar o modelo da RTP!!).
Começo por dizer que embora o Jack White faça parte dos The Raconteurs, este projecto não se confunde com os White Stripes. Eu gosto destes últimos, mas confesso que o Jack White estava mesmo a precisar de uma banda completa para dar largas à sua criatividade. Já não sei quantas vezes ouvi o álbum (Broken Boys Soldiers, o single steady as she goes é mesmo publicidade de qualidade!!!), mas começo a recear que esteja viciado:
(Hands)
Girl you got those hands that heal
Help me get in touch with what I feel
'Cause you understand and you sympathize
And you know me best it's not surprise
When you're with me there's a light and I can see my way
When you speak to me it's a song and I know what to say
Girl you got those eyes that see
Help me find the good that's inside me
'Cause you're the only one who really knows
How the feeling comes and why it goes
When you're with me there's a light and I can see my way
When you speak to me it's a song and I know what to say
Quanto a Peeping Tom, é um curioso reecontro com um dos músicos que mais admiro: Mike Patton (na minha adolescência cheguei mesmo a adoptar o look do king for a day fool for a life time sim, sou uma caixinha de surpresas mas há mais fica para outro dia!). Devo advertir que é um álbum de hip/trip/hop. Para dar uma imagem mais precisa, posso dizer que para aqueles que conhecem Lovage, os Peeping Tom são o nível seguinte sem a parte horny do music to make love to lady by. As músicas são feitas em parecerias deliciosas e que dificilmente passariam pela cabeça dos comuns mortais:
1. Five Seconds featuring Odd Nosdam
2. Mojo featuring Rahzel + Dan the Automator
3. Dont Even Trip featuring Amon Tobin
4. Getaway featuring Kool Keith
5. Your Neighborhood Spaceman featuring Jel + Odd Nosdam
6. Kill The DJ featuring Massive Attack
7. Caipirinha featuring Bebel Gilberto
8. Celebrity Death Match featuring Kid Koala
9. How U Feelin? featuring Doseone
10. Sucker featuring Norah Jones
11. Were Not Alone (Remix) featuring Dub Trio
Para entrada, recomendo mojo, mas com cuidado!!