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Uma questão difícil, que provavelmente poucos de vocês esperariam que eu colocasse num postal: o que é o amor?
Bem, não estou à espera de respostas, uma vez que eu próprio não tenho. Quer dizer, por vezes, encontro respostas, mas como o plural já indica, elas vão variando, esbatendo-se e reemergindo e perdendo-se na confusão dos pensamentos. Por vezes dou comigo a pensar o impensável (ou pelo menos, como eu pensava
desculpem a redundância): não será o amor apenas o nome que damos à necessidade biológica de assegurarmos a sobrevivência da espécie, o método de selecção da espécie. Um dia, numa conversa de café, um tipo defendeu isto e eu de forma extremamente convincente (penso eu
) refutei os seus argumentos científicos com um lirismo apurado. Bem refutei é um eufemismo (aqueles que me conhecem certamente percebem a figura de estilo). Mas confesso, às vezes, como hoje, sinto o vacilar da minha refutação entre o som agastado das minhas janelas partidas (uma metáfora forçada, mas que não consigo evitar).
Não é que seja mais fácil definir a amizade, no entanto, hoje isso parece-me bem mais fácil socorrendo-me de uma das músicas mais bonitas que conheço sobre a amizade (ou pelo menos na minha interpretação
na verdade, a canção pode ser sobre maças e laranjas
se é que alguém percebe a mensagem subliminar!).
Here is a song from the wrong side of town
Where Im bound to the ground by the loneliest sound
And it pounds from within and is pinning me down
Here is a page from the emptiest stage
A cage or the heaviest cross ever made
A gauge of the deadliest trap ever laid
And I thank you for bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally Ive found that I belong here
The heat and the sickliest sweet smelling sheets
That cling to the backs of my knees and my feet
Well Im drowning in time to a desperate beat
And I thank you for bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally Ive found that I belong
Feels like home
I should have known
From my first breath
God send the only true friend I call mine
Pretend that Ill make amends the next time
Befriend the glorious end of the line
And I thank you for bringing me here
For showing me home
For singing these tears
Finally Ive found that I belong here
Começo por lamentar o facto de não ter cumprido com a contagem decrescente esperada aqui na caixa postal relativamente ao SBSR, mas a vida é mesmo assim, feito de imprevisto (desabafo existencialista .).
Por isso, vejo obrigado a falar no passado relativamente ao dia D.
Bem, como a vida não está fácil para ninguém, na sexta tive de trabalhar até ao final da tarde, o que me impediu de ver o início do concerto dos Alice in Chains. Mas, pior do que isso, por momentos pensei que iria ter de ficar sozinho a ver os concertos, pois graças à qualidade do serviço da TMN não conseguia fazer nem receber chamadas com o telemóvel (sim, para a próxima tenho de pensar em regressar às arcaicas formas de combinar coisas com as pessoas).
O concerto foi bom, tendo praticamente tocado todos os temas do meu top 5 (excepção feita à no excuses) embora o novo vocalista não me parece o mais adequado para cantar as músicas dos Alice in Chains (demasiado optimista!!).
Depois tive a fazer um bocado de chill out na companhia do quarteto resistente (o nome fica-se a deve ao final da noite), na relva junto ao Trancão (pois, se não fosse o rio em si ser tudo menos um rio e os mosquitos agradecerem isso, teria sido bom!). Depois deu para ver a 2ª parte dos Deftones, que estiveram em forma e que na minha opinião deviam ter sido a banda anterior aos Tool. Com isto dito, devo dizer que os Placebo desiludiram. Eu gosto em particular dos dois primeiros álbuns dos Placebo mas infelizmente poucas músicas desses álbuns foram tocadas. Depois, fiquei desiludido com a falta de energia da banda. Era de esperar um pouco mais. Ok, é certo que as músicas dos Placebo são negras e até depressivas, mas não é suposto que a banda esteja deprimida em palco.
E claro, depois vieram os Tool, para terminar a noite e darem o concerto que todos estavam à espera, cheio de energia e com algumas das suas melhores músicas (ficou mesmo a faltar a Roseta Stoned para a noite ser perfeita em termos musicais). Mesmo assim, devo dizer que gostei mais do concerto que vi no Restelo, sobretudo porque neste concerto os efeitos visuais não foram tão bem conseguidos (especialmente nas primeiras músicas em que apenas funcionaram dois ecrans). Em todo caso, deu para libertar alguma tensão acumulada e sentir a comunhão com a música (if you know what i mean). O momento da noite para mim foi a Lateralus (ainda bem que não andavam por lá câmaras indiscretas para registar a minha actuação!!).
E assim terminou uma noite cheia de rock. Depois foi a parte mais difícil, regressar a casa. Mas depois de andar uns bons km a pé, andar às voltas de autocarro e apanhar finalmente um taxista (honesto, diga-se em abono da verdade), lá cheguei a casa para o merecido descanso.
(leiam isto como se fosse anteontem!)
È verdade, em tons de amarelo e com um grafismo que não é lá muito brilhante, já sou possuidor de uma passagem para aquilo que promete ser o concerto do ano (e o festival também). Dia 26 de Maio espero comparecer a horas no Parque Tejo para presenciar uma das melhores noites de rock que este país já teve oportunidade de assistir. Penso que já disse isto, mas qualquer destas bandas como cabeças de cartaz de um festival seria suficiente para pelo menos implicar uma ponderação séria quanto à minha presença. Agora as quatro juntas é realmente uma bênção do céu (ou do inferno, depende da perspectiva), e claro, em especial os Tool.
As pessoas que não me conhecem devem estar a sentir vibrar na sua cabeça um comentário muito frequente a meu respeito (foda-se, este gajo é maluco. Sempre de fatinho mas depois transforma-se num psicopata). Mas isto não é lá muito importante, abençoados aqueles que não conseguem ler nas entrelinhas! Mas adiante.
A verdade é que qualquer das bandas do dia 26 tem uma história de vivência interpessoal (comigo entenda-se) especial. Aproveitando o tempo que falta para o festival decidir reviver cada uma delas através do meu famoso cd player que me acompanha no meu deambular pela capital do império.
Assim, para respeitar o alinhamento, começo pelos Alice in Chains.
Eu sei, actualmente devem ser poucas as pessoas que ainda ouvem a banda, mas eu sou um desses casos. Eles estão dentro universo do carteiro grunger que poucos de vocês conhecem. A minha relação com o grunge é pouco ortodoxa e em contratempo! Se não reparem: só comecei a gostar de nirvana alguns anos após a morte do Cobain, mas não por via do mtv unpluged mas por força de um encontro imediato com o in útero (ouvir black shapped box e all apologies ainda me fazem arrepiar). Só comecei a gostar de Pearl Jam com o No code (e claro depois fiz a regressão no tempo até ao ten que me tinha passado despercebido, mesmo com a música alive), e continuo a achar que o Yield é o melhor álbum da banda (e sim, tenho um bilhete para o concerto do dia 4 de Setembro!!). Os Soudgarden, à excepção da black hole sun, só chamaram à minha atenção com down on the upside (o que alguns consideram sacrilégio!).
Quanto aos Alice in Chains foram a última descoberta do grunge graças à música again. De forma sintética, penso que a música deles têm um efeito absorvente do lado doentio que existe dentro de cada um de nós (confesso). A voz do layne staley, entretanto falecido (tentem adivinhar a causa da morte!) tem uma força negra impossível de deixar alguém indiferente (mesmo que seja para detestar). A primeira imagem que me surge ao pensar neles é a minha própria imagem caminhando em frente da faculdade de medicina com o meu walkman, bem cedo pelo manhã, depois de uma noite no buraco negro. Alguém se lembra?
Bem, para terminar aqui fica o meu top 5 dos Alice in Chains, que espero que acabe na set list do concerto de sexta-feira:
1 No excuses
2 Again
3 I stay away
4 - Them bones
5 Man in the Box
Caros amigos Mesmo transtornado pela claridade do dia não deixei de ficar ainda mais transtornado com uma notícia que vinha no Metro de que a Sportv tinha enviado uma carta a uma associação representativa de restaurantes comunicando que tinha direitos exclusivos à transmissão do mundial e que por isso os restaurantes estavam impedidos de passar os jogos para o s seus clientes, uma vez que a autorização de transmissão nesses casos precisava de uma licença especial!! Isto é tão disparatado que eu não tenho bem a certeza do que li. Mas será possível? É por esta e por outras que certas práticas correntes (ouvi dizer) na minha terra relativamente à captação do sinal da Sportv têm a minha simpatia!
Quantos de vocês já não pensaram em falar com um psicólogo para tentar compreender melhor aquilo que se passa com vocês? Ora, eu também. Mas não vou (até prova em contrário), porque acho um desperdício de tempo e dinheiro. Mas porquê? Bem, desde logo os psicólogos que conheço e as pessoas que conheci na faculdade que estudavam psicologia funcionam como um bom motivo dissuasor. Mais uma vez tenho de recorrer a uma adágio popular: Em casa de ferreiro, espeto de pau.
Mas se calhar estou a ser injusto. Anda por aí alguém que ache que vale a pena procurar um psicólogo para encontrar o seu equilíbrio interior e que não seja um profissional na área?
Se calhar tenho de me dedicar ao budismo ou coisa parecida (para ficar careca, já faltou mais!).
O nível de irresponsabilidade e incompetência das pessoas que gerem empresas públicas ou para-públicas é verdadeiramente impressionante. Em especial, um certo badocha que é administrador executivo numa das empresas em que trabalho, pago a peso de ouro, que é incapaz de tomar uma decisão que seja: Com a saída do Boss, que sabia da sua incompetência e fazia questão de o relevar na sua presença mas que tinha de suportar pois o badocha tinha o apoio de um badocha ainda maior que é presidente de uma das maiores empresas de Portugal, o badocha maior começa a dar o ar da sua (des) graça. Hoje lembrou-se que devia ser eu a responsabilizar-me pela assinatura de um contrato com uma empresa de mais incompetentes, o qual foi exclusivamente negociado por ele. É caso para dizer: ò meu badocha, quem é que julgas que és?. Foi o que eu fiz, embora não por estas palavras agora fico à espera da coima!
Permita-me portanto que lhe pergunte como pode o homem governar, se ele não só é incapaz de estabelecer um qualquer plano ao menos para um período ridiculamente breve, digamos de mil anos, como nem sequer é capaz de garantir o seu próprio dia de amanhã?
MIKHAIL BULGAKOV - in Margarita e o Mestre
Pois é, caros leitores, estou de volta. A caixa do correio vai voltar a ter actividade.. pelo menos da minha parte. Eu sei, não tenho sido lá muito pró-activo, como se costuma dizer. Mas, feliz ou infelizmente, o desfiar deste novelo a quem alguém chamou vida (quem diria!!) tem afastado o remetente do seu cantinho preferido. Primeiro, a parte feliz da história, férias. Bom, pensando bem, não tanto feliz, pois as minhas férias de sonho no Brasil tiveram algumas peripécias desviantes (mas sem crime) daquilo que deviam ser. (mas que raio estou eu a dizer! Isto está um bocado confuso e disléxico serão efeitos secundários da poesia?). Só para dar um exemplo elucidativo, limito-me a fazer referência à uma inaudita crise de ansiedade do meu camarada de viagem. Weird? No comments
A parte do infelizmente, prende-se com o trabalho após o regresso e o meu fluxo e intercâmbio energético em mercados concorrenciais, num directo para a televisão (!) (a continuar por este caminho, ainda sou convidado para Ministro da Economia em abono da verdade, devo dizer que já faltou mais!!).
Bem, abandonando o esoterismo, ou talvez não, muito pelo contrário, tenho de confessar que o muito aguardado novo álbum dos Tool já roda frequentemente no meu cdplayer (e não ipod estejam descansados, ainda não estou totalmente vendido ao capitalismo!!) e devo dizer que é FANTÁSTICO. À primeira audição parece ser apenas um bom álbum, uma continuação do Lateralus, mas, com o repetir do deleite degustativo das músicas (não me chamem isso!!), vamos sendo seduzidos para músicas sublimes como right in two, 10.000 days, rosetta stoned, e claro, Vicarious uma das músicas com uma sequência inicial mais . Ou seja, o meu desejo de voltar a vê-los ao vivo teve uma evolução em proporção geométrica e só me resta aconselhar a todos que andam por aí que façam um favor a vocês próprios e comprem um bilhete para o Super Rock Super Bock do próximo dia 26 de Maio e sintam a experiência (are you experienced?).
Por falar em experiência, para breve prometo revelar o quarto segredo de Fátima e quem era o amante de Salazar Espero ter captado a vossa atenção
PS. O prometido é devido e vocês merecem: os momentos de existência passados a escrever este postal são dedicado à Toquinhas, Sininho e à Sãozinha, com uma bela pitada (no sentido comum) de picante.