São cartas Senhor, são cartas! Depois de tocar a campainha, algo acontece. Não é o carteiro, mas há uma carta por abrir.

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Quarta-feira, 29 de Junho de 2005

Atenção, atenção

Caros potenciais comentadores, dadas as múltiplas reclamações que me têm sido remetidas relativamente à impossibilidade de publicarem os vossos preciosos comentários, venho por este meio informar que por motivos totalmente estranhos à minha vontade só é possível publicar comentários nos artigos activos na página principal. No entanto, por motivos totalmente dependentes da minha vontade, mais informo que em todo caso podem comentar artigos antigos nos que estiverem "in"! Vamos lá, "tudo ao molho e fé em deus (caso sejam ateus, tirem à sorte entre o Paulo Portas e o Santana Lopes!! caso para dizer, castigo divino!").
publicado por O Carteiro às 00:33
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Domingo, 26 de Junho de 2005

Bloco de Esquerda diz que

Estes tipos do Bloco de Esquerda realmente devem ter a cabeça frita com tantas brocas. Quem conhece a minha orientação política, sabe que digo isto com imparcialidade ideológica. As declarações da deputada “Ana Drago” (prova acabada das consequências do sistema de quotas... lol, isto sim, mera provocação gratuita) sobre o arrastão na praia de Carcavelos dão-me vontade de esquecer a minha máxima de “não violência”. Só uma cegueira ideológica pode justificar que uma deputada (tenha isso o valor que tiver) tenha o desplante:” que "não houve "arrastão", houve talvez furtos, mas o que aconteceu foi uma fuga de jovens de uma carga policial indiscriminada". E mais "A análise da fabricação do alarmismo é sempre importante. Muitos jornalistas, comentadores e cidadãos estão hoje a fazê-la", A alternativa são "políticas de integração social e integração urbana ambiciosa" para combater o "Rio de Janeiro que vai crescendo em torno de Lisboa". Admitiu ainda que "deixar perdurar o sentimento de insegurança é insustentável", até porque quem o sofre são principalmente "os pobres e os remediados".
Ora quem sofre são todos os portugueses que pagam para estes “fdps” se juntarem no circo da Assembleia da República para brincarem ao “eu disse” e “tu disseste” (infelizmente, sem o sentido poético do Adolfo Luxúria Canibal). Mas em que p*** de realidade é que essa croma vive? Quem é que está a tentar manipular? Se ela não vivesse em Lisboa, eu ainda era capaz de compreender, mas será possível convencer alguém na capital que não existe um sério problema de segurança com gangs que precisa de ser urgentemente resolvido? São declarações deste género que acabam por dar força aos radicalismos de direita, num ciclo vicioso de demagogia.
Integração social e urbana ambiciosa? Será qualquer coisa como dar a outra face? Eu pensava que estes bloquistas eram todos ateus. Vão-se mas é f++++. Caros jovens delinquentes, um conselho amigo: em vez de incomodarem os cidadãos deste país, que com o seu suor pagam impostos supostamente para que o Estado garanta a sua segurança, combinem realizar uns arrastões ali para os lados de S. Bento, apanhando nas redes o pessoal do BE (são fáceis de reconhecer, pelo seu pseudo-estilo alternativo). É que é só vantagens para vocês:
• Em vez de cometerem furto, estão a pôr em pratica uma política de integração social e urbana ambiciosa;
• Tendo em conta o perfil sócio-económico dos bloquistas, o produto do assalto será substancialmente mais interessante do que aquele que obtiveram em Carcavelos, e com alguma sorte, ainda arranjam umas boas doses de “estupefacientes politicamente correctos”;
• Não se precisam de preocupar com as autoridades policiais, porque de certeza que os bloquistas não vão querer desencadear “uma carga policial indiscriminada”;
• Poupam chatices com processos em tribunal e desta forma participam num substancial descongestionamento dos tribunais portugueses;
• Na eventualidade de algum bloquista resistir ao furto, não hesitem em recorrer à violência, afinal estarão apenas a libertar os recalcamentos raciais, culturais e sexuais da sociedade.
Para facilitar o “arrastão bloquista”, (ou a política urbana de integração), mudem-se para o centro da cidade de Lisboa, acho que o Francisco Louça tem uma casa na Duque de Loulé, estou certo que terá muito prazer em vós dar acolhimento (até pela experiência adquirida com os terroristas da ETA).
Portugal agradece….
publicado por O Carteiro às 14:46
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Segunda-feira, 20 de Junho de 2005

From sunset to sunrise

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Com este tema regresso a uma linha mais espiritual na correspondência da metáfora do carteiro. Espero que sem consequências na audiência! Senão no próximo ver-me-ei condenado a falar da quinta das celebridades, do filho do Carrilho e da Bárbara, ou ainda pior, do Benfica (sempre são seis milhões de… deixo o resto à vossa imaginação!!).


Desvendando o enigma. Dois filmes: “Before sunrise” and “Before sunset”, vistos exactamente pela inversa ordem. Mas esta é a ordem natural dos dois filmes. E contra isso não há nada a fazer. Ao contrário do que normalmente acontece nas sequelas, devo dizer que gostei mais do segundo filme (Before sunset). Aliás, foi uma entrada directa para o meu top ten, como se fosse um disco pimba!


Já me apercebi que maior parte das pessoas que conheço não concordam comigo, considerando-o mesmo aborrecido, etc. Vá-se lá saber porque, já é quase um lugar comum. “Tens gostos esquisitos”! (na minha cabeça, recordo o significado da palavra para nuestros hermanos e fico logo melhor!!).


Ressalvando qualquer fenómeno de projecção de experiências pessoais que me tolde a objectividade, acho não exagerar quando afirmo que o filme é sublime (mas claro, não suficiente para ser o filme da minha vida, como sabem). Algumas pessoas quando souberam que tinha visto o 2º filme antes o primeiro comentaram que tinha feito mal, que o primeiro é melhor, que explicava o segundo, e que assim tinha perdido o encadeamento da história. Discordo em absoluto. O universalismo de “before sunset” não precisa de qualquer encadeamento, é uma reflexão extremamente honesta de algo tão simples e tão complicado como existir.


Comentava com uma amiga este filme, e ela dizia, que as personagens tinham tido sorte, tinham tido uma segunda oportunidade e um final feliz. Como lhe disse, a sorte também pode ser amarga, pois é no final que começa a verdadeira mutilação do existir. A sorte só mesmo na insustentável leveza do tempo!


Revejo-me no lugar das personagens e tal como elas não sei o que fazer. Será um lugar comum afirmar que no existir, não há lugar para certo ou errado?


O que mais me impressionou no filme foi esse lugar comum das coisas simples. As personagens têm vida, transcendem os diálogos e transparecem nas imagens. E tudo se resume a algo aparentemente tão banal: conversar. É tão difícil conversar nos dias que correm, é tão difícil escutar o que alguém diz, sem ser um pretexto para falar...


Nunca me vi como um místico ou coisa que se pareça, mas acredito que a nossa essência está na “universal unidade” como o elo que nos liga como linguagem da arte e como linguagem do amor.


Por oposição ao eventual lirismo que alguns encontrem na frase anterior, devo dizer também que ele retracta  uma “inquestionável verdade” (!!), o amor é o mais egoístico dos sentimentos porque é através dele que nos realizamos. Seria fácil de concluir que o “castigo” do segundo filme seria a justa retribuição pela ousadia das personagens ao terem tentado fugir aos “lugares comuns”. Mas “from sunset to sunrise”, é curioso verificar que o ciclo inverte-se e o círculo perpetua-se.


 


Referência musical: “From dawn to dusk, from daylight to starlight”, não podia ser mais apropriado a este postal. É um enigma fácil de descobrir. Uma sinfonia para a vida, uma banda sonora para a arte de existir

publicado por O Carteiro às 19:45
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Terça-feira, 14 de Junho de 2005

“I’m a lesbian too”*

 


1628.jpg


O tema de hoje deve fazer a delícia dos leitores mais mundanos, para já não falar dos mais maldizentes!!


É sem dúvida um tema cheio de polémica nos dias que correm (e não são só os dias que correm dados os últimos “rides” de defesa dos bons costumes e da moral pública!) a questão da homossexualidade e direitos dos homossexuais e outras questões afins (se bem que o governo português “ainda” não se tenha lembrado de por mais este tema no seu “road show”, à semelhança do governo dos nuestros hermanos). Mas desenganem-se aqueles que pensam que venho falar disso!


O postal de hoje resulta de um “show” bem mais interessante. “Seis palmos de terra” (ou, para os puristas, “six feet under”) é a única coisa que tento acompanhar na televisão nos dias que passam (não quero repetir a piada sobre o correr!). O episódio de ontem é responsável por estas linhas. Eu sei que o que vou dizer dá normalmente origem a acusações de “machismo” e outros “ismos” afins por parte das mulheres (dado o famoso lugar comum das fantasias sexuais dos homens heterossexuais... claro), mas perdoem-me, tenho de desabafar: quem é capaz de ficar indiferente ao enlace da Claire e da Edie?! É nestes momentos em que tenho a forte convicção de que se fosse mulher, seria certamente lésbica! Eu sei que a minha apreciação não é objectiva e muito menos imparcial, mas existe uma beleza estética no corpo e sedução feminina que simplesmente não existe no homem, muito menos em dois homens! Na verdade, o enlace das duas personagens fica bem longe do “erotismo” explícito das relações homossexuais masculinas que abundam na série. No entanto, a carga erótica dessas imagens surge diluída numa beleza que alimenta o poder de sedução do acto em si, dando origem a um certo aperto .. na garganta. Sinceramente gostaria de saber a opinião das minhas leitores, especialmente se viram o episódio. A liberdade de expressão é total. Parafraseando o meu “camarada” Daniel Jonhs* “Fuck you, I’m a lesbian too”.


 


*Vocalista dos Silverchair. Mais uma grande banda que nunca passou por Portugal. Quem tiver a oportunidade de ver imagens da sua actuação no Rock in Rio (de Janeiro e não o pobre rio Tejo), fica com uma boa ideia daquilo que nos têm impedido de ver por cá (as vocalizações da música “freak” são simplesmente de outro mundo).


 

publicado por O Carteiro às 19:12
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Segunda-feira, 13 de Junho de 2005

Curso de direito administrativo

Escrevo isto com um sorriso. Trabalhar numa tese de mestrado também tem as suas agradáveis surpresas!! Na verdade a minha descoberta nada tem a ver com a minha tese, no entanto, foi graças ao chafurdar (que palavra melodiosa!) na “tralha acumulada ao longo do tempo”, a qual os mais líricos chamam “biblioteca jurídica”, que encontrei dois pequenos fragmentos da minha história pessoal!! Ora imaginem lá que mexendo no Amaral, Diogo Freitas do, “Curso de Direito Administrativo”, Vol. I, 2º Edição, Almedina, 1998, descobri dois poemas arqueológicos (e não defeitos de edição!, para deixar mais tranquilos aqueles que possuem o dito cujo na estante!!), datados dessa mítica passagem pelo segundo ano da faculdade. Como tal, e a despropósito de tudo e nada e sem qualquer relação directa ou indirecta, aproveito para fazer a minha homenagem à cadeira de direito administrativo leccionada pelo Prof. Vital Moreira (contra todos os seus maldizentes, o melhor Prof. da FDUC), que em bom tempo teve a feliz sensatez de recusar o convite para fazer parte do actual Governo (ao contrário do autor do volume “in casu”, que considero extremamente apropriado ao perfil de !!competência pretendido pelo Executivo) e continuar a dar aulas na FDUC. Não, não é uma daquelas situações do mal o menos, muito pelo contrário!


"Lugar comum"


 


Cada dia é sinónimo de me perder;


De me deixar arrastar contra a maré,


Enquanto se afunda este barco,


Sem um acto de fé,


Ignorando o perigo de afundar,


Num perpétuo cair


Na profundidade do mar.


 


Adiantam-se os segundos,


Perco os minutos,


Fugir é correr no mesmo lugar,


Desistir, sofrer a dobrar,


Talvez seja mesmo hora de partir.


 


 


“Desembriagado”


 


Parece-me, e não sei se estou enganado,


Toda a gente corre para o destino,


Para desconhecer o caminho,


Para justificar o tropeçar,


Arrastado sobre o chão liso


Em que cada pegada é marca


Que o tempo não apaga


Antes lima e crava.


 


Parece-me, e não sei se estou enganado,


Toda a gente olha as estrelas,


Sem nada ver no horizonte,


Nem o fúria ondulante do sol,


Ardendo na sua miséria,


Da solidão da multidão,


Em ausência de matéria.


 


Abandono o destino


E sei que estou sozinho,


Perdido e achado no silêncio


De estar aqui


Seguindo o destino.


 

publicado por O Carteiro às 21:23
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Domingo, 12 de Junho de 2005

O terceiro homem

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“Nos nossos dias, meu velho, ninguém pensa em termos de seres humanos. Se os governos não o fazem, porque o deveríamos fazer nós?” – O terceiro homem, Graham Greene


Será que alguma vez alguém pensou? É difícil não ver a realidade com olhos de pessimismo, mesmo ao olhar o espelho, para perceber que somos bem diferentes de qualquer “naif” conceito de ser humano. Nada de novo, portanto. No entanto, dois fragmentos de realidade conjugaram-se para que escrevesse duas linhas: os recentes acontecimentos na praia de Carcavelos e o filme “América proibida”. É minha convicção que o “ser humano” está condenado a perpetuar ódio e violência, motivos nunca faltarão, a história será sempre um lago de lágrimas e mágoa, recordado como a lição que não se aprendeu. Mas mais angustiante é perceber a indiferença que existe pelo outro. Ninguém pensa em seres humanos. Mesmo neste barril de pólvora em que vivemos, somos incapazes de perceber que sozinhos somos todos vítimas da indiferença de sermos iguais.


Toda esta intolerância pela diferença é apenas um pretexto, um reflexo da nossa natureza. Debaixo destas máscaras somos todos iguais, uma massa uniforme de existência, somos meros animais em luta pela sobrevivência.


 

publicado por O Carteiro às 11:33
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Quarta-feira, 8 de Junho de 2005

Texto demagógico.... mas delicioso!

A demagogia é uma arte. A ironia também. Não resisto a transcrever esta crónica do Ricardo Costa, irmão do Ministro António Costa. Partilho este texto com os meus leitores porque é importante rir! Dado o parentesco, fica apenas a dúvida, a metáfora está na demagogia ou na ironia?!

"Serve este texto para explicar como podia e pode o governo salvar o défice sem nos “lixar” a vida a todos. O artigo é, sobretudo, uma lista de mercearia (ou de lavandaria, para quem gosta dos livros do WoodyAllen). Os itens não vão por ordem de grandeza, mas são todos exequíveis. Ora aí vai:
1. Proibir qualquer governo de mudar a sua lei orgânica durante 20 anos.
2. Proibir qualquer ministro de mudar o nome do seu ministério e, assim, não encomendar novo logótipo, papel timbrado, envelopes, cartões e afins.
3. Proibir qualquer ministério ou direcção-geral de mudar de instalações e ameaçar criminalmente quem o fizer.
4. Proibir as delegações que vão a Nova Iorque de se instalarem no Pierre ou no Waldorf Astoria, apesar de os representantes da Guiné estarem lá.
5. Restringir o uso dos Falcon ao Presidente da República e ao Primeiro-Ministro.
6. Não encomendar nenhum estudo a nenhuma consultora durante 1 ano. Vão ver que os preços das consultoras baixam e que os ‘power-points’ deixam de ser um chorrilho de banalidades.
7. Extiguir todas as comissões de livros brancos, verdes e afins.
8. Extinguir os governos civis todos, vender os edifícios e a tralha respectiva.
9. Reduzir drasticamente o ‘staff’ variável dos ministérios e, sobretudo, das câmaras municipais para acabar com as máquinas de emprego partidário.
10. Proibir que os ministérios contratem empresas de comunicação para fazer a assessoria de imprensa ou que o façam através das empresas que tutelam.
11. Não nomear amigos e “malta do partido” para as administrações das empresas estatais e para-estatais.
12. Para assustar a nossa Banca, o Governo devia deixar que o BBVA comprasse um grande banco em Portugal.
13. Para mostrar que nem tudo está combinado na secretaria, o Governo devia deixar que o Belmiro ganhasse um concurso público qualquer. Lá porque ele não dá dinheiro aos partidos, começa a ser escandaloso que o maior empresário português nunca ganhe nada quando a decisão está nas mãos do Estado.
14. Vender os submarinos a algum país emergente (ou submergente, como nós).
15. Vender todos os quartéis que existem no centro das cidades, urbanizar 30% e pôr tudo o resto com espaços verdes geridos e pagos pelas construtoras que ficam com os direitos de construção.
16. Obrigar Angola a pagar a dívida.
17. Assumir que só as linhas do TGV Lisboa-Madrid e Lisboa-Porto é que podem ser rentáveis e acabar com as outras todas, que nunca vão ser feitas e para as quais se continuam a encomendar muitos estudos.
18. Condecorar o Paulo Macedo.
19. Depois de ser condecorado, sugiro ao Paulo Macedo que faça uma busca simultânea nos partidos políticos e nas empresas que montam campanhas eleitorais. Vai ver, finalmente, o que são sinais exteriores de riqueza.
20. Fazer o mesmo nas SAD dos clubes que vivem acima das possibilidades e jogam cada vez pior.
21. Implodir o Estádio do Algarve em cerimónia pública e obrigar o José Sócrates e o José Luís Arnaut a carregarem no botão e, já agora, a comprar a dinamite do seu bolso - são os dois ricos e não lhes faz diferença. Ameaçar, nesse mesmo dia, implodir os estádios de Aveiro e de Coimbra se continuarem a dar prejuízos monstruosos".

publicado por O Carteiro às 10:00
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Segunda-feira, 6 de Junho de 2005

A era do consumismo

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Tenho que confessar a surpresa pela escolha deste tema. Alguns dos meus conspiradores certamente pensarão que existiu alguma sabotagem. Mas não é verdade, este é o tema escolhido pela Branca de Neve.


Falar do consumismo, como acontece da generalidade dos conceitos terminados em “ismo”, não é tarefa fácil. Correndo o risco de parecer contraditório, consumir é tão natural como respirar. Na verdade, respirar também é consumir!


Estejam descansados, não venho pregar nenhuma boa nova!


Consumismo enquanto movimento social, na minha humilde opinião é um mero paliativo do capitalismo. A associação não é assim tão óbvia como hoje parece ser. Na verdade, o consumismo corresponde a um estado evolutivo do capitalismo enquanto modelo económico. Digo isto sem qualquer conotação ideológica, é apenas uma constatação, idêntica à afirmação do capitalismo como modelo económico que assenta na exploração da mão-de-obra pelo capital. Alguém é capaz de refutar isto?


 


Toda a gente consome e todos ficam contentes quando consomem. Esse é segredo. “Consome, consome, mata a fome”!, (Dani, lembraste do nome da banda?).


Para quem tenha alguma memória histórica, basta recordar como é que foi possível ultrapassar as crises do capitalismo enquanto modelo económico no início do século XX. No fundo, tudo se resume ao nosso instinto de sobrevivência. Consumir é sobreviver. Tudo é consumo. Por que raio precisamos de telemóveis com maquinas fotográficas e com video? Segundo a TMN um milhão de portugueses vai precisar! As empresas de rating é que não gostaram muito das previsões de resultados da PT (exemplo acabado do fantástico modelo de economia de mercado que vivemos em Portugal, em que toda a gente acha muito bem que os estudantes paguem propinas, os velhinhos não tenham direito a reforma e que cada um pague os serviços de saúde do seu bolso, mas não acham nada mal que em Portugal exista um proteccionismo escandaloso a certas empresas, de forma a garantir o seu santo lucrinho, e que se pague aos “iluminados” das empresas públicas e parapúblicas salários “galáticos que saiem..hum, dos cofres do Estado ou dos nossos bolsos? Agora você decida.) e acto continuado o PSI 20 veio por ai a baixo. Será que isto tem alguma coisa a ver com a concorrência “real” que a PT começa a sentir, mesmo com o escandalosos proteccionismo que lhe tem sido concedido?


Por vezes dou por mim com pensamentos terroristas/anarquistas, e desejar o colapso do “brave new world” e todas as suas geringonças, no fundo, criar um “Fight Club” para conspirar contra os conspiradores (não traduzam isto para inglês, nem mandem isto para o Expresso ou DN, senão estou tramado com os serviços da CIA!)


Mas voltando a faca para mim, o que eu quero? Não há resposta, o que queria há muito que sei ser impossível. Sou contraditório mas realista na minha contradição. Nesta parte, o meu existencialismo dá um certo conforto! A natureza humana é igual à de qualquer outro animal, apenas temos meios mais sofisticados de sobreviver, mas o mecanismo é o mesmo, a lei do mais forte, matar para não ser morto, etc. Infelizmente, temos a capacidade de nos questionar, e isso é uma grande chatice!


“Lamento” (obviamente que não lamento nada, estou a ser irónico!), mas não resisto a terminar com um momento musical, desta vez ao som de “Do the evolution” dos Pearl Jam (não é só por causa desta música, mas para mim o Yield é o melhor álbum dos Pearl Jam):


 


Woo..


I'm ahead, I'm a man


I'm the first mammal to wear pants, yeah


I'm at peace with my lust


I can kill 'cause in God I trust, yeah


It's evolution, baby


 


I'm at piece, I’m the man


Buying stocks on the day of the crash


On the loose, I'm a truck


All the rolling hills, I’ll flatten’ em out, yeah


It's herd behavior, uh huh


It's evolution, baby


 


Admire me, admire my home


Admire my song, here's my coat


Yeah, yeah, yeah, yeah


This land is mine, this land is free


I'll do what I want but irresponsibly


It's evolution, baby


 


I'm a thief, I'm a liar


There's my church, I sing in the choir:


(hallelujah… hallelujah…)


 


Admire me, admire my home


Admire my song, admire my clothes


'Cause we know, appetite for a nightly feast


Those ignorant Indians got nothin' on me


Nothin', why?


Because, it's evolution, baby!


 


I am ahead, I am advanced


I am the first mammal to make plans, yeah


I crawled the earth, but now I'm higher


Twenty-ten, watch it go to fire


It's evolution, baby (2X)


Do the evolution


Come on, come on, come on


 

publicado por O Carteiro às 01:53
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