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Terça-feira, 16 de Dezembro de 2008

Moravia e as Filhas de Rebecca

 

Começar e acabar de ler um livro na mesma noite é um feito de que já não tenho memória (na verdade até tenho, mas prefiro recalcar, dado que o livro em questão …humm… foi o Alquimista..). Agora, dois livros é realmente record pessoal! Bem, mas em relação a este segundo (por ordem cronológica de acontecimentos, o primeiro), não posso dizer que o tenha começado nessa mesma noite, porque o não comecei nessa noite e até acho que o comecei a ler de à luz do dia. E não nesse dia. Tudo em nome do rigor técnico.
Mas vamos por partes. Quais os livros em questão?
“A vida de Moravia”, de Alain Elkann/Alberto Moravia – Autobiografia em forma de entrevista, na qual julgo não ser muito difícil descobrir quem desempenha o papel de entrevistador e de entrevistado. Digo eu… E não sei se o já tinha dito aqui, mas o Alberto Moravia é um dos meus escritores preferidos, sobretudo devido a três livros: “Os Indiferentes”, “Contos surrealistas e satíricos” e a “A Ciociara” (isto é, os três únicos livros que li dele..). Mas, para mim, um segundo basta para saber se gosto de um escritor/livro ou não (embora não afirme que seja o primeiro segundo…). É sempre um exercício delicado conhecer a pessoa por detrás do artista. Talvez seja por isso que, embora adopte um princípio subjectivista na relação com a obra artística, adopte um princípio objectivo na própria definição da obra artística. Sempre me causou grande repugnância os exercícios mais ou menos dos voluntários dos “artistas” que “explicam a aparência da sua obra artística” (o que, obviamente, não é a mesma coisa que “falar sobre a essência da sua obra artística”). O mesmo sucede quando se conhece a vida do artista que não a sua obra artística. A esse nível, confesso que nunca recuperei plenamente da leitura das notas biográficas do Sartre. Mas, também ausências de recuperação positivas, como o memorável “Confesso que vivi” de Pablo Neruda…. Bom, mas regressando ao Moravia e à sua extensa entrevista. Hum, entre a serra e a montanha, nada se perde nada se ganha.. Deixo este dilema no ar! Escrito deixo “Nasci saudável e a minha família era normal. Neste caso, o anormal era eu. Anormal porque demasiado sensível. (…) Com efeito dentro de mim não sou um racionalista, sou uma pessoa que sofre de angústia, de irrealidade, da sensação do vazio. Mais que sofrer, seria mais exacto dizer que não há um só momento em que não sinta em mim uma atracção sobre os extremos do desequilíbrio. (…) Um artista é sempre assistido por um demónio, que é precisamente aquilo que o ilumina”.
“As Filhas de Rebecca” – Dylan Thomas – Quem é que ainda não ouviu falar de Dylan Thomas? E quem é que já falou dele sem ter lido qualquer livro? No fundo, para aliviar a tensão especulativa destas interrogações, acabei por juntar à minha colecção de pechinchas literárias o referido livro. E não é que gostei? Pois sim, gostei e li tudo de uma só enfiada, embora consciente que se trata de um feito ao mesmo nível de ver uma temporada de uma série televisiva qualquer. E a referência à televisão não é totalmente inusitada, isto porque o livro está escrito como uma espécie de argumento de cinema. Hum, assim do estilo “Uma história simples”, sendo certo que as semelhanças não existem, até porque nesta última não existiam as portagens que fazem parte do enredo de “As Filhas de Rebecca”… mas sem a Brisa e a família Mello, mas o pesadelo tem muitas semelhanças. Quem costuma conduzir na A1 (ou em qualquer auto-estrada em Portugal), sabe o que eu estou a dizer. De facto, a história do livro faz lembrar um o argumento de filme de matiné de domingo, visto em casa, num dia de chuva, enquanto se bebe chá preto, onde, esporadicamente, se mergulham bolachas Maria, tentando evitar, sem sucesso, que as mesmas se decomponham em vísceras flutuantes.. Sim, acho que é isto. Mas estou quase certo que não foi bem esta a razão pela qual gostei do livro. Oh well…
 
 
música: Oh Well - Fiona Apple
publicado por O Carteiro às 00:15
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