Bem, de volta ao aeroporto de Newark! Dois “rock&rollers” sorridentes na fila de espera para passar o “SEF” local. E quando digo dois “rock&rollers” não há nada que enganar, vestidos de preto, casacos de cabedal, óculos escuros e cada um com a sua menina.. i.e., com as guitarras. Aproveito para fazer um parêntesis para aconselhar a todos aqueles que possam estar a pensar viajar com a sua guitarra para fora da UE que: 1 – Podem levar a guitarra a bordo e 2 – Os serviços alfandegários em Portugal baseiam-se numa regra muito simples.. a discricionariedade. Nós tivemos quase que pedir por favor para fazer o registo à saída (e que não serviu para nada). A “sra. funcionária” que tinha um ar “extremamente cansado” (e fossem apenas 10:00 da manhã) ainda insistiu “querem mesmo registar?”.
Tudo corria pelo melhor, até que chegou a nossa vez de mostrar os passaportes. Em separado, tivemos idênticas experiências. Longo interrogatório em ritmo acelerado sobre o que estávamos lá a fazer, onde ficaríamos, onde íamos tocar.. e quando pensávamos que estávamos safos, o “officer” de serviço chama dois “capangas” com ar pouco amistoso para nos acompanhar a uma sala de espera. Sim, tememos o pior (sim, as “famosas técnicas de interrogatório” americanas…), mas na verdade o pior foi mesmo a seca de estar à espera cerca de uma hora numa sala sem ninguém dizer nada, juntamente com outras pessoas na mesma situação. E por fim, o nosso nome é chamado e devolvem-nos os passaportes sem qualquer explicação. Bem, sempre é melhor do que ir dar um “passeio” até “Guantanamo” e, na dualidade do Homem no universo, discutir direitos humanos na óptica do objecto!
Mas acabou por ser “divertido” à posteriori. E dado que já fui procurado pela Interpol, acaba por ser coisa menor e ameaçado com metralhadora pela polícia belga, isto acaba por ser um episódio menor!
Ok, posto isto temos dois “rock&rollers” a caminho de Manahtan decididos a tirar o melhor partido da semana de férias que os esperava e, claro, por mais dois marcos históricos na vida desta Igreja: concerto no Lakeside Lounge e dois dias de gravação com o Matt Verta-Ray… mas isso fica para mais tarde. “Agora” era tempo de passear pelas ruas e avenidas da “Cidade” (que me conquistou logo à chegada, ocupando agora o lugar número “1” das minhas cidades preferidas) e saborear “umas” “coronas” intercaladas com umas “Bud”… oh yeah, New York!