A dedicatória é: “Para (nota: apelidos da pessoa também conhecida como Carteiro, antecedida do inevitável Dr.), Para que a leitura deste livro o inspire com o pensamento e a esperança que J. Kennedy provocou na década de 60”.
Tenham medo, muito medo!
PS. Quem ainda não conhece, aqui fica a oportunidade para ouvir a extraordinária versão de “Imagine” pelos “A Perfect Circle” e a voz inconfundível do Sr. Maynard Kennan (não confundir com o Keynes!)
Caro Risin, é parcialmente a pensar em ti que escrevo estas linhas, uma banda sonora para um jantar! Mas desta vez, somos nós os convidados, dia 2 de Maio, na Casa da Música (Lisboa não foi convidada...). Nestas alturas, redobro o orgulho nas origens! Is this desire? I THINK SO !
Joseph walked on and on the sunset
Went down and down coldness
Cooled their desire and Dawn said
"Let's build a fire"
The sun dressed the trees in green
And Joe said
"Dawn I feel like a king"
And Dawn's neck and her feet were bare
Sweetness in her golden hair
Said "I'm not scared"
Turned to her and smiled
Secrets in his eyes
Sweetness of desire
Is this desire, enough enough
To lift us higher, to lift above ?
Hour long
By hour, may we two stand
When we're dead, between these lands
The sun set behind his eyes
And Joe said : "Is this desire"
Is this desire, enough enough
To lift us higher, to lift above ?
Is this desire, enough enough
Enough inside, is this desire ?
Aos potenciais interessados, os Wilco vão estar em Portugal pela primeira vez, nos dias 30 (Braga) e 31 (Lisboa) de Maio. Quem for ao Coliseu de Lisboa é capaz de me ver por lá... para aqueles que não conhecem, têm tempo suficiente para não perder o que promete ser um grande concerto.
No passado 13 de Janeiro de 1968, o Mestre Johnny Cash gravou o mítico "At Folsom Prison". I pay my dues e deixo aqui "Folsom Prison Blues" tal como cantado em público pela última vez pelo "Homem de Negro".. Respect
Eu não gosto de ficar muito tempo a pensar no passado. No entanto, é um exercício importante, desde que não se acabe por cair na tentação de viver no passado.
Seja como for, será sempre um exercício lúdico saudável passar em revisão alguns acontecimentos de 2008 (com óbvia exclusão dos de foro íntimo... que isto aqui não é a casa da tia Amélia!!)
Antes, a parte objectiva da coisa, isto é, quem se lembrar deste postal (nota mental de megalomania), recorda-se que tinha definido sete resoluções para 2008. Uma conta de merceeiro era capaz de me colocar em mãos lençóis, com um balanço negativo. Assim,
A crédito:
1º concerto dos “The Big Church of Fire” (primeiro de muitos, claro) – Como alguns queridos leitores tiveram oportunidade de verificar “in loco”, objectivo amplamente alcançada. Não foi apenas um, mas dois e que concertos: CAEP e Cabaret Maxime (para mais desenvolvimento, infra)
Rafting – Alcançado. Ok.. Não foi exactamente o que estava à espera, mas como poderia saber que no pico de Fevereiro o rio Paiva ia estar com pouca água! Mas foi uma experiência qualitativamente positiva. Sobretudo, não vou esquecer os saltos para a água, junto à descida de grau 5 (que só não é 6 porque ainda não morreu ninguém). Algo que recomendo a quem gostar de sentir a adrenalina a correr nas veias.
Correr a meia-maratona de Lisboa (e não a mini!) – Reportado aqui. Uma das coisas que me orgulho (e nesse sentido, consta da minha lista dos momentos significativos de 200, infra).
A débito:
Regresso aos EUA – Esteve planeado, praticamente agendado, mas, infelizmente, não foi possível concretizar. Uma operação que transita para 2009.
Tatuagem – Também esteve em cima da mesa de trabalho, mas acabou por esbarrar em problemas burocráticos e legais que levaram a que ficasse em “águas de bacalhau”. Passo a explicar. Pretendia fazer uma tatuagem (uma guitarra “gretsch” com um fundo de chamas que tinha visto na lombada de um dvd do Brian Setzer (live at Tokio). Depois de muitas procuras, na Internet e nas lojas de música, apenas consegui encontrar o referido dvd na fonoteca de Lisboa. Fui até lá e expliquei o que pretendia. Pensei que haveria boa vontade para um pedido tão singular… mas acabou por aparecer “a chefe” que não era possível para impedir a contrafacção de dvds piratas… sim, com a lombada da capa do dvd ia longe…
Concluir o meu trabalho sobre “Instrumentos Financeiros Derivados” – Eu até abri algumas vezes o ficheiro, mas…
Concluir o meu livro “Sem luz, sem diferença” – Idem aspas.
Aparentemente o resultado seria negativo. Mas desenganem-se. Não devem menosprezar a minha experiência com a contabilidade de sociedades cotadas, instituições financeiras e afins! Na verdade, não é preciso qualquer milagre de transubstanciação, quando se tem à mão o melhor que a engenharia financeira tem para oferecer, umas operações de M&A, negociação de derivados em mercado OTC e pareceres de auditores externos “independentes”…. Et voilá! Tenho o prazer de anunciar dizer que ultrapassei os resultados esperados pelos analistas!
Black Rebel Motorcycle Club – Foi mesmo especial. Não sei se é um retorno à adolescência tardia e a todo blá, blá, blá que poderia procurar traduzir agora nessa emoção à flor da pele. Para além do concerto em si, foi bom regressar a Amesterdão e estar com o ladrão de bicicletas mais original da cidade: Dani”! Entretanto os BRMC estão em estúdio a gravar o próximo “disco convencional” (digamos que “The effect of 333” apenas se explica com os efeitos de certas substâncias. Mas eles avisaram que eram um “disco abstracto”.. não poderia concordar mais!). Por isso, só espero que finalmente eles venham a Portugal.
The Big Church of Fire @ CAE (Portalegre) – A concretização de um sonho. É claro que tocar no Maxime também foi muito especial. Ainda assim, o concerto de Portalegre merece um lugar especial, não só porque foi o primeiro. Aliás, não há uma razão que explique isso, mas vários factores que se conjugaram num momento. Foi o concretizar de uma ideia e isso tem uma força incalculável. “Yes we can”. Não é apenas uma frase de marketing, é algo que devemos pôr em prática mais vezes. E a cereja em cima do bolo, foi ter presentes no concerto algumas das pessoas mais importantes da minha vida. Sei que lêem isto e por isso digo: está guardado num cantinho muito especial a vossa presença e o vosso apoio incondicional. Um verdadeiro salto de pára-quedas, sem tandem.
Meia-maratona de Lisboa – Acho que quem afirma tem razão. São as pequenas vitórias pessoais que contam. No anonimato da meia-maratona, sem lugar a qualquer pódio, senti-me verdadeiramente contente comigo próprio, corpo e alma, por ter conseguido superar o desafio. “Yes I can”!
Música de 2008: “Heart&Soul” dos BRMC live at Paradiso….(à falta de melhor, @Wiltern)