Eu sei, não é talvez o postal mais comum, mas "once a rocker, always a rocker"!
Embora já lá tenha estado quatro vezes ... (escala no Charles de Gaule, a caminho e de regresso de Florença-Siena) era uma falha no meu diário de bordo não ter percorrido as ruas de Paris, perscutando cada imagem com o meu cachimbo existencialista.. espero que ainda seja permitido fumar cachimbo na rua.. Admito que o meu ego intelectual está radiante, especialmente porque estará acompanhado pela sua "Simone de Beauvoir" (aka Feiticeira),
À bientôt....
...The Big Church of Fire welcomes you, Sister Doris.
Foto: Sister Doris
Resgatada do baú, esta vale bem mais do que mil palavras!
Adivinharam. De facto, estive presente no concerto dos Raveonettes no Santiago Alquimista no passado dia 20 de Fevereiro. Para ser mais exacto, esteve presente a Igreja e a Feiticeira, sentados numa mesa estrategicamente situada num sítio não tão privilegiado quanto isso, mas num espaço que sem dúvida é privilegiado, excepto no facto de não ter “comes” à venda, especialmente quando a fome aperta. Lá tivemos que seguir a dieta da cerveja…
Claro que o facto de serem apenas duas pessoas (pena foi que uma delas estivesse sem voz), despertou o interesse da Igreja, a qual continua a explorar o conceito de “combo dinâmico”, apenas com o auxílio do amigo Mac. Curiosamente, os Raveonettes também se socorreram de um “personagem percussionista” (digo personagem, pois a sua contribuição roçou o “estético”, uma vez que poderia ter sido muito bem substituído por uma caixa de ritmos).
O concerto foi bom, no domínio do aceitável, o que quer dizer que não foi nada que causasse impacto. Ou seja, deixou um bocadinho a desejar, tendo faltado uma faísca para que houvesse fogo na sala (para além do fogo da Igreja, claro está..). Em todo caso, quem é que não gosta de um doce?
Um reparo
Como referi no final do concerto, tenho desenvolvido um especial asco a pessoas do Bloco de Esquerda (o que certamente espantará a muito boa gente que, carinhosamente, me apelida de o “Comuna”…), mesmo que, de facto ou de direito, essas pessoas não sejam simpatizantes sequer desse partido. Nessa categoria de pessoas incluo aqueles que insistem em fumar nestes espaços onde é proibido fumar e notoriamente o fazem por exibicionismo. Sinceramente o fumo não me incomoda assim tanto, mas a pose e a atitude irritam-me solenemente..
Uma nota curiosa
A nota curiosa não tem a ver com o concerto nem com o Santiago Alquimista, mas com o parque de estacionamento “alternativo” situado nos arredores, e ao qual recomendo uma visita. O conceito é mais ou menos este: “estacionar sem ter que estacionar”. Isto é, em vez de termos que andar à procura de um lugar e fazer manobras para “aparcar” o nosso “automobile”, “apenas” temos de deixá-lo dentro de um elevador que, por artes ocultas, o mesmo será estacionado… Dizem as más línguas que era suposto não ser necessária a presença de qualquer pessoa para o sistema funcionar, mas a verdade é que lá estavam não uma mas duas pessoas a manobrar (ainda que sem o “venha, venha, venha … ver a merda que fez..”). Isto há coisas fantásticas, não há?