. Ironia da realidade - Men...
. A ironia da democracia em...
. Não tenho paciência para ...
. Não tenho paciência para ...
. Não paciência para merdas...
. Ñão tenho paciência para ...
. O pecado numa dentada de ...
Ou ainda:
“Santa Claus is not coming” (2)
Não podia deixar de escrever o meu postal de Natal. Mas não se deixem enganar, eu até gosto do Natal. Sei que para alguns deve ser um choque ou até mesmo uma desilusão, pois estariam à espera de um postal corrosivo, delirante e cínico sobre o consumismo no Natal, sobre as contradições da celebração ou sobre a vacuidade religiosa da Igreja Católica. Sim, o Natal é tudo isso, mas ainda assim eu gosto do Natal, mesmo não acreditando no Pai Natal. Aliás, nunca acreditei no Pai Natal vestido de “encarnado”, bonacheirão, bondoso e sorridente enquanto acena com uma marca de refrigerantes qualquer. Acredito bastante mais na versão do Pai Natal alcoólico, com roupas rotas e sujas, afundado em whiskey e rum, perdido numa valeta qualquer, amaldiçoando os pirralhos deste mundo e culpando-os por não ter dinheiro para pagar mais uma rodada no bar donde acabou por ser expulso por um segurança nada simpático com botas de cowboy.
No entanto, e de certo paradoxalmente, o Natal acaba por ser importante para mim, embora muito mais por força do que significa para os outros do que aquilo que efectivamente significa para mim. E é nesse contexto que o Jantar de Natal é uma celebração especial, na qual tenho um enorme prazer em participar desde a sua preparação até ao vulgo “encher a pança”. Aliás, sem dúvida que a parte da preparação é aquela em relação à qual sinto um maior entusiasmo em participar, até porque acabo por assumir um “papel tutelar” que, honestamente, me agrada. E claro, sem falsa modéstia, os meus “bilharacos” e as minhas rabanadas de leite são um dos “must have” da noite!
Portanto, também para mim Natal é sinónimo de estar com a família. E claro, isso implica o regresso às origens desde a capital da Mouraria (como “carinhosamente” é apelidada por estes lados). Logo, oportunidade para rolar na estrada ao sabor da música e de devaneios do id, do supergo e do ego... Assim, chegamos aquilo que designaria com algum facilitismo de “epifanias de Natal”, as quais partilho com os meus leitores, pois epifanias à parte, são excelentes regalos do “Santa Claus que no viene”(3):
Mas antes, algumas palavras sobre estas epifanias. Parafraseando uma frase que desde quinta-feira não me sai da cabeça, embora não tenha a certeza do seu significado, algo me diz que sei e, sem ser místico, sempre soube. Weird? Óptimo!
Atlas -
Os Sparta são uma daquelas bandas fantásticas que aparentemente ninguém conhece e que me fazem sentir privilegiado por ter a mente aberta para ir preenchendo o meu imaginário emotivo com as canções que me fazem sentir vivo. No entanto, nunca imaginei sentir uma epifania ao som desta música, mas agora que surgiu, só posso acrescentar que é muito bem-vinda!
Going to
Já sabia que gostava desta música, mas a epifania fez com que viajasse até às estradas da Califórnia e ao universo do sentido que aguarda por mim nas entrelinhas .... And God knows how important is to me the “between the lines”....
Sally’s song – Fiona Apple
Talvez o regalo mais óbvio da lista. Não só porque se trata da Fiona Apple, mas também porque se trata de uma música da Fiona Apple...
Atmosphere – Joy Division
Enquanto ouço esta música, uma sinopse de muitas mais revolve em mim. Sinto um brilho nos meus olhos e sinto uma trémula emoção de apaziguamento de que me dirijo exactamente para onde sempre quis chegar.
Queridos Leitores, Feliz Natal!
(1) Paulo Furtado
(2) The Big
O carteiro está mesmo em todo lado...
PS. Este post fica-se a dever a este blog não recomendável a pessoas que gostem de fardos de palha colocados de forma geométrica
Não tenham dúvidas, é mesmo o carteiro num espectacular "air mail"!!
.. We don´t know how to stop it
PS. Acredito sinceramente que neste caso uma imagem vale mesmo muito mais do que mil palavras...