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Na minha opinião, as metáforas encerram em si o segredo da alquimia da transformação do chumbo em ouro. E para ambas as coisas, é igualmente necessária a loucura de acreditar. A loucura não é doença quando não se quer a cura, pois é tudo uma questão de ponto de vista (Point of view). Tenho um amigo que costumava dizer que o sonho dele era ser parcialmente louco, pois só parcialmente louco se podia ser plenamente lúcido. Ressalvadas as distâncias, até por consideração ao personagem em causa (autor do sucesso da Queima das Fitas 2000 Larguem-me, larguem-me, sou uma besta), penso que efectivamente só pode ser saudável lidar com a nossa própria loucura (Santeria), quando mais não seja para conhecer as fronteiras da nossa lucidez. Estou convicto que essas fronteiras não são assim tão claras e que passamos demasiado tempo a demonstrar aos outros e a nós próprios que conhecemos os limites e, mais importante, que jamais os ultrapassamos (no fundo, o mito do homem moderno).
Confesso que por vezes receio a minha incapacidade de fazer uma verdadeira introspecção para ajuizar dessas fronteiras (Bones). Como costumo de dizer, e ao contrário de outras pessoas, eu acho que não sou o melhor juiz de mim próprio (vício de profissão, quiçá?). Mas também como costumo dizer, isso não me impede de ser o primeiro juízo crítico em relação aos meus traços de personalidade (Dreaming). E nessa imperfeição, proporcionada pela relação sujeito/objecto (sim, discordo do autor de Nós que afirma que não podemos ser objecto e como tal, entre outras coisas, dispor da nossa liberdade
mas já estou a divagar, esta discussão fica para outra altura), penso que sofro de alguma saudável loucura (The greatest view)
PS Os parêntesis e as aspas ficam para aqueles que partilham a loucura da música e que facilmente descobrirão a metáfora por detrás da arbitrariedade da minha.
Todas as mulheres são pegas; o que é preciso é servirmo-nos delas e não lhes dar nada de nós próprios Guy Maupassant Bel-Ami
Não é impressão, esta introdução é mesmo provocatória! Era isto ou falar de sexo, como medida ao fomento da liquidez de comentários no blog.
Acabei de ler há dias o livro supra citado e devo dizer que, segundo os meus planos, será um dos últimos romances que tenciono ler nos próximos tempos. O último será mesmo o Werther de Goethe. Não foi intencional, mas é curioso que tenha escolhido como último romance uma obra do pai do romantismo. Como em tantas outras coisas, os extremos tocam-se.. Mas deste livro falarei noutra oportunidade.
A verdade é que a leitura sendo um prazer que muito me deleita, acaba por ter efeitos laterais perniciosos. Quer dizer, se calhar não são efeitos, mas mais causas. A leitura acaba por coincidir com alguma apatia intelectual, preenchendo o espaço vazio das reflexões que se deixam de fazer. Por vezes receio que o apetite por ler, nomeadamente romances, acabe por se traduzir numa vontade de apatia. A estas reflexões junta-se uma outra leitura que me tem inquietado o espírito e que tem esta curiosa mas provocatória passagem:
E como pode a nossa psicologia, tal como ela se exprime no romance, manter-se tão fechada, reduzida a movimentos infraconscientes da sensualidade e da sentimentalidade? Enquanto milhares de seres civilizados abrem livros, vão ao cinema ou ao teatro para saber de que maneira Françoise se sentirá impressionada por René e como, por outro lado, odeia a amante do pai e se tornará lésbica por surda vingança, vários investigadores, que fazem com que os números entoem uma música celeste, perguntam a eles próprios se o espaço se contrai ou não em redor de um círculo Louis Pauwels e Jacques Bergier O despertar dos mágicos.
Aceitam-se novas propostas de leitura
PS Acabei por falar de sexo liquidez de mercado a quanto obrigas!!
Eu não gosto particularmente de molho agri-doce, mas confesso a minha simpatia pelo conceito. Algumas vezes nada faz sentido, tudo é incoerente, tudo é agri-doce, e ainda bem que é assim.
A incoerência não é um problema. O problema que revejo nos outros e em mim próprio é a incapacidade de aceitar a incoerência da mesma forma que se aceita com naturalidade a coerência. Penso não estar a dar nenhuma novidade, quando digo que entre aquilo que pensamos ser e aquilo que somos vai quase que inevitavelmente uma enorme distância, por mais incoerente que isso possa parecer. Na verdade, a essência humana é incoerente, perdida entre o animal e o racional, sem que exista, na verdade, incoerência alguma. Pois eliminar a incoerência seria negar a própria existência da espécie humana (eliminando um dos termos da incoerência, apenas nos restaria voltar para a selva ou então desaparecer).
Todavia não será a(s) incoerência(s) a parte mais fantástica da nossa existência, onde as possibilidades de realização são mais fantásticas? Quantas incoerências fantásticas não ficarão por explorar no nosso dia-a-dia? Não será a própria felicidade uma forma de incoerência?
Mas então porque tudo este esforço (diria que civilizacional, mas seria pretensioso, pois na verdade) de ser lógico, a necessidade de convictamente construir uma máscara de razões e princípios, nos quais, com alguma frequência, vamos entrando em contradição (diria mesmo que à medida que os anos avançam, o ritmo da frequência vai aumentando). E quantas coerências elaboradamente construídas e fabulosas nos impedirão de alcançar aquelas coisas que apenas por intermédio da incoerência se tornam verdadeiramente reais?
Pois é. Não estou mesmo a fazer sentido e ainda assim, ao sabor agri-doce dos Hooverphonic, sinto que sometimes o melhor é mesmo cantar desafinado (no meu caso, a única forma que tenho para cantar)
Why dont you ever get the point
Youre much too slow for me
Why dont we ever flip our coin
Reliability
Some like it a lot
Just give a little to me
Thats why I sing this song
They call us crazy early birds
Too early never hurts
Warmth is not as dangerous as
As dangerous as those words
Some like it a lot
Just give a little to me
Thats why I sing this song
(chorus)
Sometimes
Weve got to sing this song
Sometimes
It takes us way too long
Sometimes
Weve got to sing out of key
Winter never gets me down
Its just a feeling
Feeling fine
To care for you or not to care
A goddamned thin thin line
Sometimes...
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O seu pedido, o meu prazer....
Seven Nation Army
I'm gonna fight 'em off
A seven nation army couldn't hold me back
They're gonna rip it off
Taking their time right behind my back
And I'm talking to myself at night
Because I can't forget
Back and forth through my mind
Behind a cigarette
And the message coming from my eyes
Says leave it alone
Don't want to hear about it
Every single one's got a story to tell
Everyone knows about it
From the Queen of England to the hounds of hell
And if I catch it coming back my way
I'm gonna serve it to you
And that ain't what you want to hear,
But that's what I'll do
And the feeling coming from my bones
Says find a home
I'm going to Wichita
Far from this opera for evermore
I'm gonna work the straw
Make the sweat drip out of every pore
And I'm bleeding, and I'm bleeding, and I'm bleeding
Right before the lord
All the words are gonna bleed from me
And I will think no more
And the stains coming from my blood
Tell me go back home
Va fan cullo, stronzi Francesi! Vendeta!!
Eu sei que é capaz de não ser a atitude mais adulta, but who cares? If someone cares, sorry for the disappointment, but I dont!
Posso dizer que hoje, graças à minha t-shirt de Itália, já devo ter sido confundido algumas vezes com algum italiano e olhado com o respeito que se impõe ao campeão do mundo. Aliás, coisa a que já estou habituado, não fosse a t-shirt azul (e che bello azzurro, dai!)!
Ciao Itália, ti voglio benne!!
PS. Como disse o taxista: Se não fosse aquele árbitro, podíamos ter sido campeões, carago! Viva Portugal!!
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Não é coincidência, mas bom gosto... da saozinha!!
class=MsoNormal style="MARGIN: 0cm 0cm 0pt">I knew a boy who would
Confesso: Eu não gosto de franceses (Phillipe, se estiveres por aí, não leves a mal
bem isso não deve ser um problema, uma vez que já te vês grego para perceber inglês
. Bem, talvez esta metáfora seja um bocadinho de mau gosto). Mas é verdade, conjuntamente com belgas francófonos (Katarina, repara bem na distinção), são pessoas que, fruto da minha experiência pessoal, causam a maior repugnância (hipérbole, entenda-se). Estando aqui a afogar as minhas mágoas a comer cerejas, não consigo deixar de fazer uma comparação entre os franceses e as cerejas podres que vão estragando este meu momento gastronómico
daí as cerejas francesas, podres, entenda-se
Quanto ao Klimt, é uma referência subtil ao filme que fui ver no passado domingo. Também sou obrigado a fazer uma confissão: ainda hoje não sei bem se posso dizer que seja um bom ou menos bom filme. Por isso, prefiro utilizar um adjectivo alternativo, é um filme interessante (é o mesmo que digo de Berlim
mais uma vez, talvez este não seja o momento apropriado para falar desta interessante cidade). Eu sei que estou sempre a fazer ressalvas às minhas capacidades intelectuais, mas acho que tenho de voltar a fazê-lo para tentar concretizar a minha apreciação sobre o filme. A fotografia do filme desiludiu-me, estava à espera de um filme ambíguo e brilhante, como o são os quadros do Klimt, mas a fotografia do filme revelou-se com pouco brilho, demasiado diálogo e pouco espaço para interpretação visual (se é que isto faz algum sentido para os meus queridos leitores
eu próprio duvido se estou a fazer sentido). Pelo menos, salvou-se o carácter de ambiguidade de que estava à espera!
E quanto ao Dom Casmurro? Não, não estava a pensar falar de mim! Estou certo que ninguém pensou que me estava a referir a mim! Dom Casmurro é o título do livro do escritor brasileiro Machado Assis que acabei de ler. Queridos amigos brasileiros, eu não quero criar mais nenhum acidente diplomático, mas tenho de confessar que fiquei um pouco desiludido. Tinha muita curiosidade em ler o livro, pois o escritor é tido como um dos maiores escritores brasileiros. Mas devo dizer que o livro não se mostrou muito à altura das minhas expectativas, uma vez que a narrativa se mostrou um pouco banal e as personagens, ao contrário do que poderia parecer, demasiado unidimensionais em termos psicológicos
confesso que as poucas novelas que vi durante a minha infância (mais uma confissão) deixam pouco espaço para poder retirar deleite intelectual de relevo da leitura do livro. Mas se calhar a culpa também seja das minhas expectativas. Devo dizer que os outros dois escritores que conheço (são três, mas a identidade do terceiro é propositadamente omitida, if you know what i mean
) Jorge Amado e José Mauro de Vasconcelos deixaram em mim uma bastante positiva imagem da literatura brasileira (O meu pé de laranja lima é um daqueles livros que me deixou sem palavras e com algumas
.. nos olhos). Malditas expectativas:
Deus é o poeta. A música é de Satanás, jovem maestro de muito futuro, aprendeu no conservatório do céu Dom Casmurro, Machado de Assis
Carla Bruni! No seguimento do meu postal em que levei a cabo uma despromoção da Merche do famoso Top 5 de mulheres muito interessantes, a minha lista ficou com uma vaga, agora preenchida pela Carla (a familiaridade do discurso é, com muita pena minha, uma figura de estilo), enquanto uma das minhas cantoras preferidas. Eu já conhecia a sua história, mas nunca me tinha dado ao trabalho de procurar fotografias suas.
E a história é a seguinte: A Carla Bruni foi durante muito tempo uma top model até que um dia decidiu mudar de vida e lançar-se no mundo da música. Eu sei, à primeira vista, é uma receita com carimbo de indigestão. Uma modelo cantora?? (eu sei, dá quase um arrepio na espinha). Mas, felizmente, neste caso, e na minha opinião, vem desmistificar a ideia que as mulheres bonitas não têm bom gosto (ouviste bem, merche!!) e devem a sua beleza a um aperfeiçoamento genético à custa do sacrifício de outras capacidades, nomeadamente intelectuais. Para aqueles que ainda estejam desconfiados, a alternativa é mesmo ouvir um disco dela.
O curioso é que ela canta em francês e não em italiano, como seria de esperar (como sempre, existe uma excepção, e a letra da música que escolhi confirma isso mesmo, por ser metade em francês e metade em italiano). Sem dúvida que ela, juntamente com outra musa como a Llasa de Sela (um dia destes, tenho de lhe dedicar um postal), fazem que o francês ganhe uma musicalidade pouco habitual (french cant rock!).
Olhando para a minha lista, reparo que curiosamente a maioria é de nacionalidade italiana. Para os meus leitores, este facto talvez este facto passasse quase despercebido, mas para mim é curioso e até irónico. É que a minha ideia de beleza feminina italiana foi fortemente abalada durante o tempo que fiz erasmus em siena (embora, confesso, tenha sido objecto de uma considerável reparação na minha passagem por Ibiza
cidade, entenda-se. Já agora um conselho, se forem a Ibiza, podem levar uma flor no cabelo, mas não vão para São Domingo, especialmente agora que tramamos de novo os bifes!). Como estava a dizer, em Itália, fiquei desiludido por verificar que a beleza e o bom gosto italiano era um mito. Aqui, com particular destaque para os gajos italianos. Como dizia uma amiga minha, era como ter trolhas sem as obras de construção!!
Le ciel dans une chambre
Quand tu es près de moi,
Cette chambre n'a plus de parois,
Mais des arbres oui, des arbres infinis,
Et quand tu es tellement près de moi,
C'est comme si ce plafond-là,
Il n'existait plus, je vois le ciel penché sur nous... qui restons ainsi,
Abandonnés tout comme si,
Il n'y avait plus rien, non plus rien d'autre au monde,
J'entends l'harmonica... mais on dirait un orgue,
Qui chante pour toi et pour moi,
Là-haut dans le ciel infini,
Et pour toi, et pour moi
Quando sei qui con me
Questa stanza non ha piu pareti
Ma alberi, alberi infiniti
E quando tu sei vicino a me
Questo soffitto, viola, no
Non esiste più, e vedo il cielo sopra a noi
Che restiamo quì, abbandonati come se
Non ci fosse più niente più niente al mondo,
Suona l'armonica, mi sembra un organo
Che canta per te e per me
Su nell'immensità del cielo
E per te e per me.
mmmhhhhhhhh
Et pour toi, et pour moi.
mmmhhhhhhhh