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Sexta-feira, 30 de Junho de 2006

Ah, la bella italia!!

torre.gif


Mais memórias poéticas perdidas de la via del porrione, 74, 2º piano, Siena (contrada della torre) 


 


Festa cigana


 


A dança, na festa cigana,


Braços no ar


E o ritmo do diabo,


Soam as cordas,


Soa o acordeão,


Batem-se palmas,


Sente-se o coração.


É um rodopio constante,


Sem vontade de parar,


São as pernas que mexem,


São as vozes no entoar.


É a garra e a alegria,


É o fumo


E a vontade de dançar,


É a festa cigana


Sem o ser.


É aquela mulher,


Morena e bela,


Que canta e dança,


Evocando o passado


Em cada passo


Em cada gesto.


É uma sedução


É uma feiticeira


Que preenche o salão,


É seu manto


Caindo sobre nós


Que rodopia


E nos faz rodopiar.


Olho para ti,


Olhas para mim,


E o olhar fica perdido,


Nesta noite cigana,


Sem o ser,


Que vamos recordar.


 


PS - Dia 2 de Julho, dia da primeira corrida do Palio, na minha mui amada piazza del campo: Forza Torre!!


 


 

publicado por O Carteiro às 01:07
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Quinta-feira, 29 de Junho de 2006

Notas soltas

(estou tão cansado…)


Já não escrevo há algum tempo e já estava a ficar frustrado com isso, mas a verdade é que a minha vida de actor está muito animada, tendo em conta que estou envolvido em duas peças (trágico-comédias) com data de estreia no início de Julho, mais precisamente no dia 1 e 3 de Julho. A primeira peça trata das peripécias da vida de uma empresa que assume determinadas funções para as quais não existe necessidade, mas que, graças à irresponsabilidade dos políticos, são pagas por todos cidadãos. Sim, tem a sua piada, mas devo dizer que o elenco é um bocado mau, pelo menos as personagens principais, o que me faz pensar no critério de atribuição destes papéis.


A segunda peça também é bastante divertida. Gira em volta da administração de uma empresa muito importante, em que tudo se passa no domínio do faz de conta, que inúmeros “gags” em que a incompetência e os jogos de influências são confundidos com os mais elevados padrões de competência e eficiência. E claro, mais uma vez à custa do povo, que desempenha o papel de bobo da corte, que vai vivendo alegremente enquanto as personagens principais tentam habilidosamente dissimular as suas aldrabices. Hilariante!


Eu sei, as peças não primam pela originalidade do argumento, mas uma pessoa tem de fazer pela vida, desempenhando estes papéis secundários, para poder desempenhar o principal.


 


Feita esta pequena explicação sobre a minha ausência e sobre a minha carreira de actor, volto à bem mais nobre arte de carteiro, com e sem metáforas.


Queria deixar registadas duas notas em particular:


 


Como referi no meu anterior postal, comecei a ler (e já terminei entretanto) “Como a água que corre” da Margurite Yourcenar. Confesso que fiquei um bocadinho desapontado, embora tenha gostado do livro. No fundo, o livro é uma compilação de três tentativas (quer dizer, na verdade dois, pois o “Uma bela manhã”, não passa de um esboço) de romances da autora no início da sua carreira, os quais são afectados pelo seu estado de “projectos inacabados retomados mais tarde pela urgência de os publicar”. Mas eu não quero ser injusto, e confesso que, apesar do reparo feito, fiquei “agradavelmente” surpreendido com o “Anna, soror”, pois, como a própria autora escreve no posfácio, há poucos temas tabu, mas um dos mais persistentes é sem dúvida o incesto. E a forma como é abordada a história do amor dos dois irmãos é bem interessante, tendo fugido, com sucesso, na minha opinião, aos lugares comuns que são, por vezes, extremamente apetecíveis. Depois, mais uma curiosidade, tanto nesse “conto” como no “Um homem obscuro”, a presença da morte é explorada de uma forma muito original, explorando a densidade psicológica das personagens principais, surgindo não como antítese da vida, mas como um momento desta. Ou seja, não podia ter escolhido (e, de facto, não escolhi), encadeamento mais subtil e significativo em relação ao meu último postal:


“Este escarro que rola dentro de mim, estriado de sangue, estas tripas que me atormentam como nunca as de outrem me hão-de atormentar, e que no entanto são feitas da mesma carne, são também o mesmo nada, o mesmo todo. E este medo de morrer, quando todavia sinto a vida pulsar com paixão até à ponta do dedo grande do pé”.


 


Outra nota que merece registo é o filme “match point”. Várias pessoas me tinham recomendado o filme e a crítica “esclarecida” também não deixou de apelidar como o melhor filme do Woddie Allen dos últimos tempos. Devo dizer que gostei do filme. Mas mais, tenho de ser intelectualmente honesto, e dar os meus parabéns ao realizador. A verdade é que um dos meus critérios para apreciar os filmes é o seu grau de previsibilidade e passo a vida a “destruir” o argumento dos filmes com base na sua previsibilidade e na forçada necessidade dos argumentistas de explicarem o filme (o que já me valeu, por diversas vezes, o cognome de “pseudo-intelectual”, ou ser considerado pessoa não grata para ver certos filmes…sim, é muito difícil ser eu próprio!!). Mas confesso que no “matchpoint” fui bem enganado. Passo a explicar, eu não pensei que o anel passasse para o “lado de lá da vedação” (dêem-me algum crédito, não sou assim tão “matiné das cinco”!!), mas pensei que ele acabasse por ser preso porque se confessaria à polícia, pois seria incapaz de viver com o fardo do crime perfeito. Algumas almas mais lúcidas já devem ter percebido onde fui buscar esta ideia! Nem mais, o toque de génio de colocar o personagem a ler Dostoieveski tramou-me! Será que mais alguém caiu na ratoeira?

publicado por O Carteiro às 00:23
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Terça-feira, 20 de Junho de 2006

What will you say?

Morte. Poucas palavras terão o poder de sintetizar tanta coisa. Talvez por isso, essa palavra possa ser usada em diversos contextos, sempre com um peso imutável, mas com um valor de uso relativo. Não que tal seja relevante quando de morte “strictu sensu” se fala. Aliás, a morte só a morte dos outros é relativa.


 


Hoje deparei-me com a estranha constatação de que a primeira cogitação intelectual digna de registo de que me recordo foi exactamente sobre a morte. Lembro-me de ficar deitado no meu quarto a pensar em abstracto na ideia de morte. Claro, que também muitas vezes pensava na morte em concreto, na possibilidade de as pessoas mais próximas morrerem e de eu próprio morrer. Julgo que nessa idade, em que vamos tendo consciência das “regras do jogo”, é uma preocupação mais ou menos comum. Mas a verdade é que sempre fiquei mais intrigado pelo significado da morte em abstracto, isto é, no significado da morte enquanto negação da vida. É que para mim não se trata apenas de um jogo de palavras, a antítese não termina com a contraposição dos termos, nem com o conforto de qualquer recompensa espiritual.


 


Como acontece na dinâmica de todas as antíteses, existe uma tensão entre a vida e a morte, ao ponto de aquilo que parece tão contrário acabar por surgir tão próximo, para acabar por praticamente se confundir. Sempre reflecti na morte como ponto de partida para a compreensão do sentido da vida. Escusado será dizer que ainda não encontrei nenhuma resposta satisfatória para a minha inquietação. No entanto, e no actual estado da reflexão, sempre posso dizer que cada vez mais acredito que a vida só faz sentido para quem estiver preparado para morrer e que jamais alguém estará preparado para morrer, porque para morrer é preciso estar vivo (sim, esta última parte é uma adaptação livre de uma citação de alguém que agora não me recordo).


 


Acho que a morte é incompreendida e muito por culpa do aspecto religioso, quer para aqueles que são religiosos e vivem a vida em função da vida após a morte, quer para aqueles que são ateus e vivem em função da vida que não existe depois da morte. Mas será que a morte não deverá estar tão presente em nós quanto a vida? Será que não devemos fazer um esforço por aprender a morrer? Será que queremos sem querer também morrer? (isto faz-me pensar no último livro do Saramago… talvez seja desta vez que volto a comprar um livro do Saramago, depois dos flops da “caverna” e “todos os nomes”)


 


E claro, na minha reflexão também há espaço para me questionar sobre a minha própria morte, sobre o significado e a forma como morro todos os dias e como morrerei até ao resto dos dias da minha vida. No entanto, há uma misteriosa vitalidade nesta reflexão. Na minha morte, “strictu sensu”, salvo pontuais excepções, como a presente, não penso, pois sei que não há nada para pensar.


 


Estranha reflexão ou talvez não.


 


“Por esta estrada,


Ondulante,


Por esta rua,


Emigrante,


Não conheço o teu rosto,


E caminho,


Sem direcção,


Rumo a ti.


Por estas palavras,


Fugidias,


Por estas rimas


Perdidas,


Não sei a quem falo,


E calo,


No consentimento


Imóvel de mim.


Assim caminho,


Assim falo,


Na trémula distância


Que me separa de ti”.


 


Onde foste buscar inspiração para tão estranho postal? – Perguntais vós.


Não sei – respondo eu. E acrescento: - No entanto, penso que alguma influência deve ter tido uma das mais belas canções de Jeff Buckley (o que não ajuda muito à identificação!) e também menos conhecidas: “What will you say?”. Encontra-se no cd “Mistery White Boy”, que na semana passada teve um lugar de destaque no meu “discman”. Eu recomendo vivamente a aquisição do cd, pois embora seja um cd de músicas ao vivo, possui várias pérolas desconhecidas daqueles que apenas conhecem o “Grace”, como “I woke up in a strange place” (talvez a minha música preferida do Jeff) e “kanguru”.


“It's been such a long time
 And I was just a child then
What will you say 
When you see my face?
Time feels like it's flown away
The days just pass and fade away
What will you say 
When they take my place?

It's funny now
I just don't feel like a man
What will you say 
When you see my face?
My face...

Mother dear, the world's gone cold
No one cares about love anymore
What will you say 
When you see my face?

Father do you hear me?
Do you know me?
Do you even care?
What will you say 
When they take my place? 

My heart can't take this anymore
What will you say
When you see my face?
When you see my,
See my face...

I can feel your time crawling
To a slow end
I can feel my time crawling
To a slow end...

Mother dear, the world's gone cold
No one cares about love anymore
What will you say 
When you see my face?

Father do you hear me?
Do you know me?
Did you even care?
What will you say 
When you take my place?

Well it's so funny now
I just don't feel like I'm a man
What will you say?


 


PS – Matt Jonhson and me and Mike and Jeff and Postman (este ultimo, apenas disponível numa versão muito limitada) love you very much, good night!

publicado por O Carteiro às 08:15
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Segunda-feira, 19 de Junho de 2006

PUB

Cruise-Kidm88000225.jpg


Já faltava cá faltava um panfleto publicitário nesta caixa de correio. Mas claro que esta caixa é muito selectiva e só mesmo a Dra. Toquinhas para inaugurar este novo capítulo da vida da metáfora do carteiro! (M******** R***** P****, morre de inveja: nem publicidade indirecta tens direito desta vez, a não ser que queiras processar o “asterisco”! Aposto que até ele é capaz de dizer algo mais interessante do que tu! Eu sei, não percebeste a piada!!).


 


Então imaginem o seguinte spot publicitário, a intercalar o jornal da TVI apresentado pela Manuela Moura Guedes e os Morangos com Açúcar:


“ - Querias conhecer na intimidade o Tom Cruise e/ou a Nicole Kidman na intimidade?


Então lê “A licença de maternidade e a suspensão do contrato de trabalho”, da Dra. Toquinhas, já disponível nas melhores livrarias do país e fica a saber como uma suspensão do contrato de trabalho pode mudar a tua vida sexual!”.


 


Reparem como sou conhecedor das mais avançadas técnicas de marketing! Por um lado, adopto uma posição neutra no que diz respeito às preferências sexuais dos leitores, num leque que vai desde a freira carmelita ao zézé camarinha.


Por outro lado, podia ter caído no erro de escolher o “Cristiano Ronaldo e a Merche”, mas no mundo da publicidade é necessário saber adequar a mensagem ao produto e neste caso eu não estou a fazer publicidade ao “raid”! (ouviste bem Merche, mudaste de top5, agora fazes parte do top5 com o título sugestivo de “as gajas azeiteiras que vivem à custa do seu corpo”! Sim, podia ter sintetizado o título numa palavra!!).


 


PS – Parabéns Toquinhas, és a maior!!


 

publicado por O Carteiro às 09:28
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Quarta-feira, 14 de Junho de 2006

E agora, um pouco de literatura,

Hoje, dia de Santo António, logo dia de feriado na capital, é também dia de aniversário do nascimento de uma das figuras mais importantes da literatura portuguesa (não, não é o meu aniversário!): Fernando Pessoa. É quase um lugar comum elogiar a sua escrita, e por vezes isso acontece mesmo sem que as pessoas sequer tenham lido qualquer coisa escrita por ele. Por isso, não vou fazer nenhum memorando sobre os atributos da sua escrita, apenas queria recomendar aos meus leitores “O livro do desassossego”, um dos livros do meu top5. Penso que a sua leitura devia ser obrigatória para todos os seres humanos!


 


“Tantas vezes, tantas, como agora, me tem pesado sentir que sinto – sentir como angústia só por sentir, a inquietação de estar aqui, a saudade de outra coisa que se não conheceu, o poente de todas as emoções, amarelecer-me esbatido para tristeza cinzenta na minha consciência externa de mim”.


 


Dando conta de outras leituras, devo referir que acabei de ler “As pastagens do céu”, do John Steinbeck, um dos meus escritores preferidos (As vinhas da Ira também estão no meu top 5). Este é um dos primeiros livros escritos por ele e acaba por ser um livro de contos, de pequenas histórias sobre os habitantes de “Las pasturas del cielo”. Um exercício incisivo sobre os conflitos da existência humana, das suas torturas e dores. Mas escrito com a mestria e simplicidade inigualáveis de Steinbeck.


 


“Helen – disse enfurecido -, todos os homens desejam bater numa mulher, numa ou noutra ocasião. Acho que sou um homem calmo mas, nesta altura, sinto-me capaz de a esbofetear.”


 


Hoje, um dia dedicado a “pastar”, depois de uma noite bem passada nos santos, com direito a sardinhas e pimentos e muita música pimba (e muita cerveja, claro… boémia..claro), comecei a ler um livro que me suscita alguma expectativa: “Como a água que corre”, da Marguerite Yourcenar”. Ainda não li nada desta escritora, mas o facto de ter sido a primeira mulher eleita para a Academia Francesa (numa altura em que tinha nacionalidade americana), sem dúvida que deixa uma certa “água na boca”!


 


“Anna tinha horror ao Mal, mas, às vezes, no seu pequeno oratório, diante da imagem de Madalena desfalecida aos pés de Cristo, pensava que devia ser bem doce apertar nos braços aquilo que se ama, e que a santa por certo arderia no desejo de que Jesus a erguesse.”  

publicado por O Carteiro às 00:21
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Segunda-feira, 12 de Junho de 2006

“Quem foi ao mar, perdeu o lugar”

No rescaldo do jogo Portugal – Angola, e dada a exaltação do espírito português, hoje escrevo sobre algumas coisas singulares desse espírito.


Na verdade, muitas vezes se ouve alguém imputar os males deste país ao espírito e ao povo. “O mal de Portugal são os portugueses”. Diga-se de passagem que uma boa parte dessa afirmação é verdadeira.


Há coisas incompreensíveis e, que na minha opinião, minam qualquer objectivo de aproximação às famosas médias europeias de desenvolvimento.


Estando a escrever num comboio, não posso deixar de falar de uma das mais fascinantes, que consiste na aversão dos portugueses aos “lugares marcados”. Não têm conta o número de vezes que assisti a confusões porque alguém apenas abordou outro alguém de que este estava no seu lugar! Enganos há em toda parte, mas o que há de singular nos portugueses, é o que se passa a seguir a esta interpelação. É que o interpelado, não só não reconhece o seu erro, como acredita estar a ser vítima de uma “cabala”: “Mas não há aí tantos lugares vazios? È preciso incomodar uma pessoa? “$%&%#$&5, isto há pessoas sem cultura nenhuma!” … e por aí fora. Até que a pessoa interpelante desespera, sendo certo que apenas pretendia sentar-se no sítio marcado no seu bilhete. Felizmente, nunca assisti à transformação destas discussões surreais em cenas de pancadaria, mas pouco faltou.


Na minha opinião, isto é um bom exemplo do espírito português, não gostamos de coisas simples, organizadas e racionais. Não, em Portugal gostamos da velha sabedoria popular, e no que diz respeito à escolha do lugar para sentar, ainda vale o velho adágio popular: “Quem foi ao mar, perdeu o lugar”

publicado por O Carteiro às 13:25
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Quarta-feira, 7 de Junho de 2006

I’m the AntiCrist

Eu sei, todos estavam à espera desta revelação! Especialmente aqueles que já tiveram oportunidade de ver umas certas fotografias do signatário em vésperas do concerto do anticristo de brincar, lá ia o longínquo ano do Senhor de 1999.


Não, desta vez é a sério, os astros estão alinhados em torno do signo das trevas, hoje é o primeiro dia do fim do mundo, de um novo reinado… Do meu claro! Pensavam que era coincidência a minha extensão telefónica ser “66”?!! Caros, lá dizia a “erudita”, isto não há coincidências!


Meus amigos, se achavam que “eu não batia bem da bola”, decerto que agora não só terão a certeza, como também desejarão que o Salazar estivesse vivo para que isto não pudesse acontecer. Sim, vou revelar o quarto segredo de Fátima, aquele que foi mantido até hoje secreto (ah pois é Dan Brown, toca a bazar, man, this is the real thing!!), apenas partilhado na intimidade do Salazar e da Lúcia, durante o período refractário.


Pois é, o diabo (Woland para os amigos), que é um tipo erudito, decidiu iniciar o seu reinado em estilo, e já que não era casado com a Bárbara Guimarães –logo não podia iniciar a sua campanha com um “soft vídeo porno” com a dita cuja e o seu filho (não sejam moralistas, lembrem-se que estamos a falar do diabo. E depois, o diabo, tal como deus, é omnipotente e sabe como todos vós sois uns grandes pervertidos!!), optou por uma abordagem poética neo-realista, com um pouco de neo-classicismo com um leve travo a surrealismo e canela, e dar a boa nova sob a forma de um poema. Como é um gajo ocupado, decidiu conceder-me inspiração diabólica para eu escrever o referido em seu nome e por sua conta (… claro que exigi honorários… taxados ao custo de assuntos pessoais para badochas!!).


E aqui está o resultado. Antes, uma advertência, quem lê este poema, jamais será capaz de ver o mundo da mesma forma (…quer dizer, pelo menos, com elevada probabilidade, passará a ver-me de forma diferente!!). Caso consigam ler o post scriptum desta mensagem, isso é sinal que já estão convertidos e só me resta dizar: Sejam bem-vindos!


 


 


Ao Papa de Roma


 


Do fundo do meu coração,


E no meu perfeito juízo,


Quero insultar-te,


Vai-te foder,


Ou cuspir nas tuas palavras,


Mas não o faço,


Não quero falar a tua linguagem.


E não penses que é respeito


Que me impede de o fazer.


O meu insulto seria insignificante


Se medido com a tua hipocrisia,


Seria menos grave


Do que a tua pomposa mentira,


Seria revolta e indignação


Perante tanta provocação.


 


Fiquei consternado


Quando te vi,


Em tua casa


Para me receber.


A tua casa é uma ofensa,


Um espólio de detritos,


Acumulados pelo tempo,


Talvez heresia divina,


Talvez piada de mau gosto,


Um grotesco covil,


Bem longe do Olimpo de Zeus,


Ainda mais de Deus.


Quase vomitei


Perante tanto nojo e podridão


Dos frescos das tuas paredes


Das tapeçarias ensanguentadas


Que mostras com prazer.


Que significa isto?


E os rios de gritos,


E o cheiro de carne queimada


Que escorre dos tectos?


E os pedidos de piedade


E a merda da verdade


Que mostras no chão?


 


Satisfaz a minha curiosidade,


Esse pecado mortal,


Essa heresia caluniosa,


Nessa tua sucata,


Nesses pedaços de vida estéril.


Onde estão as escrituras?


Desculpa, as sagradas escrituras?


Não respondas,


Deixa-me adivinhar,


Perdoa a minha ingenuidade.


Serviram para atear fogo às bruxas,


Aos deficientes e aos inconformados


E a todos esses pobres diabos


Que expulsaste do mundo civilizado.


E fizeste muito bem!


Esse livro não faz sentido,


São alucinações e fantasias,


Páginas inteiras


Com patetices e mentiras.


 


Mas espera,


Ainda tenho mais perguntas.


Porque mentes enquanto pregas?


Não és capaz de responder?


Eu sei, estás perdido.


E já agora, onde está Deus?


É que aqui


Não o consigo encontrar.


Estava comigo à entrada,


Mas aqui, nem sinal,


Nada.


Se calhar não entrou,


Ou talvez não o tenham deixado entrar.


Seria perigoso ele estar aqui,


Era capaz de ficar violento


E destruir a tua casa


E amaldiçoar-te


Outra vez,


Tal como seu filho fez.


Mas a tua polícia decerto está atenta,


Não deixa que tal volte a acontecer.


 


E o que encontro aqui?


Um oceano de despejos,


Dejectos perturbados no hoje,


No amanhã, no depois,


No nunca mais será


Tarde de mais para ver.


Não significar nada,


Abstracção de tudo aquilo


Que une o chão à terra.


 


Um silêncio profundo,


De incenso e veneno


Adormece o céu cinzento.


Alguém cai do pedestal


Com a multidão a aplaudir.


Vê-se uma criança a sorrir


Enquanto uma mulher


É despida e violado


Num aplauso soberbo


Sob a bênção divina.


Uma grandiosidade desmedida,


Feito talento embriagado,


Mais uma chama no céu


E ninguém tem permissão


Para sentar-se no chão,


Enquanto os vermes


Perfumam os mortos,


Dão tesão à terra


E ao anjo


Rebolando pelo deserto,


Entumecido,


Rebolando pelo deserto


Para aliviar o cio,


Vertendo cicatrizes


Em acto contínuo


De sodoma e masturbação.


 


Que felicidade arregalada


Nestes rostos podres,


Onde larvas invisíveis


Sulcam a pele pálida,


De um hábito sórdido,


Perpetuando o florescer


Do ciclo da vida de dentes sadios


E de mãos sombrias


Agitando-se no ar,


Num quase não existir


Num nunca acordar.


 


 


PS – Ok, alguns factos históricos. Este poema foi escrito em 2001, no coração da Igreja Católica, isto é, o Vaticano (literalmente no museu do Vaticano, capela cestina, basílica de s. Pedro). Quem lá esteve, acho que será capaz de compreender este poema. Quem não esteve, mas gosta de pensar pela sua própria cabeça, também será capaz de compreender.


PS – Viva Roma!!!


PS – Por óbvias razões, este postal era para ser remetido com carimbo do dia de ontem, infelizmente os tipos da PT são mais diabólicos do que o próprio. Por isso, para os devidos efeitos declaro que estou mentalmente no Brasil bebendo Moet Chandon… e espero que, em breve, fisicamente também!!

publicado por O Carteiro às 00:48
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Terça-feira, 6 de Junho de 2006

E agora algo completamente diferente


“Quem não tem cão, caça com gato” – este bem podia ser o subtítulo deste postal. Mas eu prefiro pensar que ele será antes uma agradável surpresa dos meus estimados leitores.


Face à ausência de reacções relativamente à poesia, decidi enveredar pela prosa! Estejam descansados! Não, eu não sou da família do escritor com o famoso apelido, que a propósito se escreve com “s” e não com “z”, mas confesso as minhas pretensões literárias.


Na verdade, o que proponho é um desafio a todos os meus leitores, que espero que adiram criticamente, claro.


Eis o desafio:


Há algum tempo que ando com a ideia de escrever um livro (seguindo um pouco aquela lógica, ainda longe de ter a confirmação de que era um, “se qualquer vip escreve um livro, porque não posso eu também escrever”).. quer dizer, na verdade são dois, mas outro fica para depois (e caso eu sobreviva a este pelotão de fuzilamento!). Bem, mas a verdade é que tenho deixado arrastar o “processo criativo” … preguiça?! E como é natural nestas coisas, muitas vezes sou assaltado pelas inevitáveis questões “afinal, o que é que estou a fazer? Mas será que isto vale alguma coisa? Serei eu mais uma Margarida Rebelo Pinto? (disclaimer: acreditem, não estou a tentar nenhum golpe de marketing…).


Assim, a melhor maneira de proceder à minha imolação é expor um “trailer” da minha criação e esperar que sejam atiradas as pedras da crítica!


 


Por isso, aproveitem e libertem o crítico literário que há em vós!!


 


 


 


SEM LUZ, SEM DIFERENÇA


EPOPEIA SEM VERSOS


 


O quarto estava escuro, apenas iluminado por breves feixes de luz que se escapavam por entre as persianas da única janela daquele quarto. Lentamente, os olhos procuravam adaptar-se àquela luminosidade impertinente que não deixava repousar do cansaço e da dor que os rasgava, sem piedade, a cada tentativa de os abrir. A respiração também se mostrava difícil, o ar parecia flutuar acima da sua cabeça, num odor quente e agridoce.


 


O silêncio do acordar começava a ser tomado por diversos sons, que invadiam aquele espaço violando a sua obscura serenidade. Primeiro, ruídos indecifráveis ou simplesmente barulhos. Depois, já era possível reconhecer o chiar dos pneus dos carros, o roncar dos escapes, o buzinar dos impacientes, a fúria das palavras. Era sem dúvida a cidade, com a sua imponência altiva, suspensa na sua velocidade. Mas naquele quarto, a atmosfera intensa assumia contornos diferentes. Nem o som da cidade conseguia disfarçar a serenidade sinistra que vibrava entre as quatro paredes.


 


Sentindo o desespero de estar acordado, decidiu abandonar a apatia da sonolência. Custava-lhe imenso emergir da letargia do abandono do corpo. Com um gesto de grande esforço levantou a cabeça. Respirou fundo, sentiu o seu corpo adormecido dar lugar ao tumulto de estar acordado. Ainda pensou em ceder à tentação de ali ficar estendido por mais alguns minutos, mas num gesto repentino levantou-se, ficando sentado no parapeito da cama. Passou as mãos pelo rosto, sentindo as linhas ásperas da sua barba. Sentia-se deprimido. Ainda com os olhos enevoados, procurou a casa de banho na penumbra da escuridão do quarto. Não estava preparado para enfrentar a virilidade da luz. Viu os contornos de uma porta semiaberta e assumiu que fosse a casa de banho. Finalmente ergueu-se e dirigiu-se arrastadamente até lá.


 


A casa de banho tinha um aspecto muito tosco, antigo e pouco asseado. A sensação de desconforto agravou-se. Sentiu-se invadido por um certo nojo, que lhe agudizava a maldisposição, a qual se tornava cada vez mais latente. Um suor frio ia crescendo nas suas costas, uma naúsea intermitente ameaçava. Dirigiu-se para os “lavabos”, abriu a torneira da água fria para poder afastar aquela morna dormência. Deixou a água correr enquanto se olhava no espelho. Fixou-se demoradamente no seu rosto. Não se lembrava da última vez em que se tinha visto ao espelho, mas a imagem que agora tinha diante de si era assustadora. Um vulto sombrio devolvia-lhe a expressão de pavor. O rosto parecia macerado, como algo disforme, com uma cor esverdeada, repulsiva. Os seus olhos ainda não se tinham libertado da letargia daquele despertar violento. Sentia-os em fogo e só com grande dificuldade os conseguia manter abertos. Na verdade, para além daquele desenho borratado no espelho, mal conseguia seguir os contornos do seu rosto. Molhou a cara e olhou-se de novo ao espelho. As olheiras lá continuavam. A barba estava encrespada, o que lhe dava um aspecto violento. Reparou ainda nuns arranhões rasurados no seu pescoço, com sangue seco, sinais revoltos de luta. Na sua memória, ausência dos sinais da batalha. Provavelmente, fragmentos perdidos durante o seu sono.


 


Sinuosamente, as suas ideias começaram a aclarar. Afinal, onde estava? Que sítio era aquele? Nenhum vestígio de familiaridade, apenas a forma de um lugar vazio. Voltou para o quarto, agitando os seus pensamentos, na procura da linha do tempo que parecia perdida. Acendeu a luz e foi surpreendido com o cenário. Uma mulher estava deitada na cama, de onde pensava que se tinha levantado minutos antes. Estranho, não tinha reparado naquela mulher quando se tinha levantado. Seria possível não ter dado conta da sua presença? A mulher estava nua, de costas voltadas para ele. Apenas o lençol de cetim vermelho lhe tapava parcialmente as pernas. Era uma mulher jovem, morena, com uma pele lisa e delicada, apenas contornada por uma tatuagem de uma serpente no fundo das suas costas.


 


Estava perplexo e confuso, não conseguia articular os seus pensamentos, não sabia quem ela era, o que fazia ali. Uma sensação de embriaguês perdurava na sua cabeça, o que explicaria a diluição das suas memórias e o conflito circular com o seu consciente. A mulher repousava serena. Procurou aproximar-se dela com tudo o cuidado possível, para não interferir no seu repouso. Procurava nela algum traço que lhe avivasse a memória sobre o sucedido.


 


De repente, estremeceu, ficou arrepiado, deixou de respirar. Num gesto instintivo estendeu a sua mão sobre o corpo da mulher, e, de forma cuidadosa, tocou na sua pele suave. Estremeceu novamente, recuou perante o choque que naquele momento o abalou. A mulher estava gelada. Então, de forma mais brusca, procurou a pulsação da mulher. Não encontrou pulsação, a mulher estava morta. Agora, o seu corpo estava tão gelado e imóvel como o da defunta. A saliva desaparecera e seus olhos suplicavam para que tudo não passasse de um pesadelo, que num fechar de olhos desaparecesse.


 


Mas não desaparecia, a mulher estava morta. O cenário tinha desabado, o episódio era grotesco e a sua memória ausente. Numa vertigem sufocada, procurou uma explicação. Quem era esta mulher? Onde estava? O que fizera? A velocidade das perguntas fez com que por momentos se sentisse desmaiar. Com um gesto arrastado, procurou uma cadeira, as suas pernas não suportavam o peso que o esmagava de cima para baixo, de fora para dentro, de dentro para fora. Mais do que nunca, doía-lhe o corpo, doía-lhe a cabeça e doía-lhe até pensar. Por momentos deixou de sentir, era apenas um tronco petrificado, pregado a ferros no chão ardente do desespero, consumido por térmitas que, com a sua voracidade aniquiladora, o corroíam lentamente.


 


Não encontrava nenhuma resposta, as perguntas, como lâminas, incidiam, rasgavam, torturavam a sua cabeça. Tudo lhe parecia demasiado irreal. Não queria sequer acreditar que estivesse naquele quarto. Procurava um segundo para pensar, mas as rodas dentadas do seu cérebro não paravam de ranger. Gritava abafadamente, como relâmpagos sem o trovão, que devia haver uma resposta lógica para o que lhe estava a acontecer. Mas não havia, não havia qualquer resposta. A tragédia que o isolava naquele quarto era o palco do seu mundo, se outro existia, se é que algum dia tinha existido. O seu desespero libertou-se por duas lágrimas fugidias que lhe passaram despercebidas, mesmo quando embateram no chão sujo daquele quarto.


 


Segurando-se ao braço da poltrona de veludo cinzento, deixou o peso do seu corpo abater-se sobre si mesmo, indiferente às roupas abandonadas que agora sentia debaixo de si. Nesse momento, tomou consciência da sua nudez, sem no entanto se sentir desprotegido. Era a sua própria pele que lhe parecia estranha, que parecia plastificar os seus movimentos. Apoiou a cabeça nos punhos cerrados, enquanto os seus cotovelos procuravam comprimir a sua angústia na resistência da madeira hostil daquela poltrona inconsistente.


 


To be continued... or maybe not!


 


 

publicado por O Carteiro às 01:23
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Sábado, 3 de Junho de 2006

I'm a V.I.P

É oficial. Sou um VIP. Eu já suspeitava mas ontem tive a confirmação de ser também “um special one”, até porque, em relação ao original, só existe uma diferença de apelido e, como tive oportunidade de referir no meu anterior postal, o meu apelido tem poderes “eléctricos” especiais, que ultrapassam em algumas circunstâncias o apelido do “special one”! Ou seja, as minhas probabilidades de chegar a Ministro não param de progredir geometricamente!


E como é que tive essa confirmação? – perguntam vocês. Não, não envolveu a aparição da Virgem Maria, embora tenha envolvido a Maya, a astróloga e não a abelha, entenda-se!


Bem, eis o sucedido: ontem, eu e o meu bom amigo Risin decidimos finalmente ir ao badalado “Budha Bar”. Subestimando os meus poderes, a Sãozinha Eléctrica advertiu-me que eu provavelmente não poderia entrar porque era preciso convite ao que retorqui que caso isso acontecesse eu lançaria imediatamente uma opa hostil ao sítio. Obviamente tal não foi possível, pois a minha estrela de VIP irradiava já o seu brilho especial. Assim, mal lá cheguei não só amavelmente fui convidado a entrar por um “armário” (sem precisar confirmação da lista), como tive acesso imediato à zona VIP, com bebidas incluídas, claro! É escusado dizer que fui a grande sensação da noite, ofuscando mesmo os modelos enquanto passavam na passerelle!


E como é bom ser VIP: dois exemplos elucidativos:


Exemplo A:


Enquanto passeava no VIPmobile (carro do Risin, entenda-se), fomos abordados pelos srs. Agentes da autoridade, que referiram que tínhamos acabado de passar um vermelho. Pensam que fomos multados? Ah, isso é para os comuns mortais. Ao Risin bastou apenas dizer que o sr. Agente da autoridade tinha toda razão, que efectivamente tínhamos passado um vermelho, mas tal apenas tinha acontecido por mero engano, pois ele pensava que o sinal apenas era para quem queria virar à esquerda (enquanto eu mostrava o meu sorriso VIP). E o sr. Agente disse: Está bem, mas tenham mais cuidado para a próxima. Tenham uma boa noite.


Exemplo B:


Decidi hoje regressar ao meu Health Club (VIP, claro está), embora tivesse a minha inscrição suspensa já há mais de 6 meses. Quando lá cheguei, fui informado que não estava ninguém do departamento comercial, pelo que em princípio eu não poderia ainda retomar a minha inscrição. Mas claro, em princípio, porque, graças ao meu VIPfactor, de seguida gentilmente a pessoa da recepção disse que eu poderia entrar mesmo sem estar inscrito e que durante a próxima semana poderia tratar das burocracias.


Pronto, agora já sabem! Digam lá que não é bom ser VIP!


 


(PS. Os factos relatados podem ter algum lirismo à mistura!)

publicado por O Carteiro às 23:57
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Quinta-feira, 1 de Junho de 2006

Estava mesmo à espera…

Tinha de acontecer. Não seria a primeira vez, mas estava à espera que acontecesse no “domínio eléctrico”, pois o que não faltam por aqui são badochas (alguns de vocês já conhecem a história do “porque é que este puto tem um gabinete maior e melhor do que o meu, quando eu é que sou o Director”!!). Aqui fica um excerto do sucedido:


Badocha eléctrico: “Desculpe, mas o Dr. é da família do Boss, não é?”


Carteiro: “Não, não sou, é apenas o apelido que é igual. Porquê? Acha que somos parecidos? (até eu estou orgulhoso de mim próprio!!)


Badocha eléctrico: (engasgado) não, humm.. é por que ele ouve o que você diz e a mim está sempre a dar sapatadas (!)”.


 


No comments!!

publicado por O Carteiro às 19:24
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