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Quinta-feira, 20 de Outubro de 2005

A queda (com alguns dias de atraso…)

star.jpg


Regressando aos meus postais pseudo-analítico-sintético-filosóficos….


A culpa é sem dúvida uma das criações mais extraordinárias do espírito humano. Sem entrar em considerações religiosas, a perturbação da acção enquanto acto de liberdade do indivíduo é a tinta do incompreensível livro da história da civilização e a ilustração abstracta dos “grandes episódios da história”.


Confesso que estas reflexões são motivadas para uma interessante conjectura dos astros que me levaram a seleccionar três filmes para quebrar a monotonia de um fim-de-semana eleitoral (sim, fui à “terrinha” cumprir o meu dever cívico): A queda – Hitler e o fim do III Reich; Adeus Lenine e Carandiru.


 


Dei comigo a pensar no denominador comum que encontrei nestes filmes: a culpa (seria interessante discutir outros denominadores comuns a estes três filmes, mas não há tempo). Esse sim, é o património da “velha Europa” católica, património colectivo dos ocidentais, censura das censuras. Já na cultura islâmica a culpa é substituída pela ideia de vergonha… curioso…. Bem, a Turquia vai ter uma decisão difícil!


 


Já aqui falei no interessante fenómeno de adesão do indivíduo aos fenómenos de massas enquanto fundamento para a acção individual e portanto estou consciente do risco de estar a repetir algumas ideias… mas quem sabe, talvez haja alguma ligação ao eterno retorno…  


Sem ser um filme extraordinário (e confesso que partia com uma certa desvantagem, dada a minha actual falta de paciência para filmes sobre a II Guerra Mundial e para a estilização demasiado “descomprometida” de um dos muitos episódios de fúria sanguinária do homem enquanto “homem”… não, não sou um radical islâmico, mas não posso deixar de pensar no paradoxo da Palestina), “A queda” acaba por colocar uma interessante questão sobre o que significa ser inocente no contexto de uma acção histórica como a II Guerra Mundial. Como medir a culpa de Hitler? (pensem nisto, não por comparação, mas por “osmose de reflexão”: pensem nas pessoas que euforicamente celebram a eleição dos autarcas de Felgueiras, Gondomar, Oeiras. Pensem no que elas dirão caso eles sejam condenados. Pensem no significado de julgar estas pessoas).


 


É perigoso ser idealista e cada vez mais tenho consciência disso, o que acaba por me colocar problemas interessantes uma vez que, confesso, “ainda” acredito em ideais. No entanto, começo a ser capaz de descortinar um fio condutor neste aparente conflito e que curiosamente decorre da minha outra dimensão emotiva e paradoxal do meu existencialismo negativista! Bem, compreendo se alguém me acusar de pretensioso … não há problema, já me chamaram coisas piores.


Sendo jurista, não posso omitir que esta discussão sobre a culpa tem uma conotação especial devido a minha vocação criminalista (e não criminosa…). Daí que ao ver “Carandiru” (já agora, fica aqui o meu desabafo de incompreensão, por que é que a maioria das pessoas liga este filme ao “Cidade de Deus”? Confesso, que esquecendo os denominadores comuns óbvios, por baixo corre um rio bem diferente).


A miséria humana é existir, e na verdade onde está a culpa quando temos de sobreviver. Acredito que viver em sociedade implica a necessidade de conciliar a existência individual com a existência colectiva. Socialmente, e tendo em vista que o objectivo é assegurar a sobrevivência da espécie humana tudo deve ser feito tendo em mente que o sacrifício mínimo do indivíduo só pode ser admitida como justificada duplamente. Julgar em nome da culpa é um limite, não uma justificação.


Talvez seja verdade, e adaptando uma frase do filme “A queda”: “Nesta guerra, não há civis”. Ou noutro registo:


“- Culpa tem remédio?


- Se tivesse, toda a gente ia querer.” – Carandiru


 


 

publicado por O Carteiro às 01:48
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Sexta-feira, 14 de Outubro de 2005

Redundância fotográfica

nova1.jpg
publicado por O Carteiro às 00:11
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Redundância

Parece-me, e não sei se estou enganado,
Toda a gente corre para o destino,
Desconhecendo o caminho,
Para justificar o tropeçar,
Arrastado sobre o chão liso
Em que cada pegada é marca
Que o tempo não apaga
Antes lima e crava.

Parece-me, e não sei se estou enganado,
Toda a gente olha as estrelas,
Sem nada ver no horizonte,
Nem o fúria ondulante do sol,
Ardendo na sua miséria,
Da solidão da multidão,
Em ausência de matéria.

Abandono o destino
E sei que estou sozinho,
Perdido e achado no silêncio
De estar aqui
Seguindo o destino.
publicado por O Carteiro às 00:02
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Terça-feira, 4 de Outubro de 2005

Frases soltas

fiona07.jpg


Eu não sei se é influência do eclipse, mas hoje sinto-me bastante nocturno, mesmo que o Sol já tenha atingido o seu pico (sim, é hora de almoço).


O que vale é que vou fazendo uma retrospectiva sónica na companhia dos Silverchair e o seu incrível primeiro álbum Frogstomp!! Continua a ser impressionante (para não dizer f***-**, pois parece que ando a dizer demasiadas asneiras) a música que estes gajos foram capazes de fazer com apenas 16 anos .... “the water from the tap is very hot to drink”. A voz do Daniel Jonhs é surreal para um tennager ... ele é um dos meus vocalistas preferidos (Raul, agora já percebes como estás a anos luz de conseguir arrancar de mim um elogio às tuas vocalizações). E felizmente este não é um daqueles casos de “teensband” em que as cantores têm de fazer playback pois a voz que se ouve no cd tem mais aditivos que a “carne” do KFC. Ainda me dá vontade de rir quando alguém diz que o David Fonseca tem uma voz impressionante (e sinto que valeu a pena chatear algumas pessoas durante o concerto dos Silence4 na Queima de 1999!!!).


Mas o mais impressionante é a sonoridade global do álbum, a coordenação guitarra/bateria é demolidora (com destaque para o registo da bateria).


 


Mas isto são apenas frases soltas, e como devem (ou deviam ter reparado), finalmente “Extraordinary Machine” vai ver a luz do dia amanhã... em Portugal, provavelmente mais tarde, pois já todos sabemos como estas coisas funcionam... Sim, a foto é da Fiona Apple!


 


 

publicado por O Carteiro às 14:12
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